
Era pra ser mais um dia normal de trabalho, mas terminou em tragédia. Na tarde de sexta-feira, 13 de setembro de 2025, um operário de 47 anos — cujo nome ainda não foi divulgado — sofreu uma queda brutal durante as obras de revitalização do Cine Capitólio, em Campina Grande.
Testemunhas disseram que o homem trabalhava em uma parte elevada da estrutura quando perdeu o equilíbrio. A altura? Significativa o suficiente para que a queda fosse fatal. Os bombeiros foram acionados rapidamente, mas quando chegaram ao local, já era tarde demais.
Não deu tempo. Ele ainda foi levado às pressas para o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, mas os ferimentos eram graves demais. Muito graves. O serviço de saúde confirmou o óbito pouco depois da chegada.
Obra paralisada, investigação a pleno vapor
Agora, a pergunta que todo mundo faz: o que realmente aconteceu? A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas do acidente. Será que houve falha nos equipamentos de segurança? Ausência de proteção adequada? Negligência?
Enquanto isso, as obras no Cine Capitólio — um símbolo cultural da cidade — estão paralisadas. E não é pra menos. A reforma, que prometia devolver o cinema à sua antiga glória, agora carrega um peso emocional imenso.
Um passado histórico, um futuro incerto
O Cine Capitólio não é qualquer prédio. Inaugurado na década de 1950, ele é parte da memória afetiva de gerações de campinenses. Fechado há anos, a obra de restauro era aguardada com ansiedade pela população.
Mas hoje, o que se vê é um canteiro de obras silencioso — e um homem que não voltou para casa.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) emitiu uma nota de pesar, mas evitou dar detalhes sobre as condições de segurança do trabalho. Disse apenas que “apura todos os fatos” e que “presta total assistência à família”.
Enquanto a investigação corre, fica o alerta: acidentes de trabalho não são "fatalidades". São, quase sempre, fruto de descuido. E custam vidas.