Tragédia na Zona da Mata: médico recém-concursado do SAMU morre em acidente após plantão
Médico do SAMU morre em acidente após plantão em Juiz de Fora

Era para ser apenas mais uma noite comum de trabalho, mas terminou em tragédia. Na madrugada de sábado, aquela que deveria ser uma viagem rotineira para casa transformou-se num pesadelo sem retorno.

O médico Samuel Elias da Silva, com apenas 26 primaveras, havia acabado de completar seu plantão no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Mal sabia ele que aquelas seriam suas últimas horas dedicadas a salvar vidas alheias.

O acidente aconteceu por volta das 3h30 da manhã, na MG-353, bem próximo ao distrito de Rosário de Minas. Testemunhas contam que o veículo saiu inexplicavelmente da pista, colidindo contra uma árvore com força brutal. O impacto foi tão violento que o carro ficou completamente destruído.

Uma carreira interrompida abruptamente

Samuel era daquelas histórias que inspiram: recém-aprovado no concurso público, há meros dois meses havia iniciado sua jornada no SUS mineiro. Colegas descrevem-no como "profissional dedicado, daqueles que abraçavam a medicina por verdadeira vocação".

Natural de Muriaé, havia escolhido Juiz de Fora para construir seu futuro. E que futuro promissor! Quem poderia imaginar que tudo terminaria de forma tão abrupta?

O resgate frustrado

Ironia cruel: a equipe do SAMU foi acionada para socorrê-lo - a mesma instituição que ele mesmo servia. Os socorristas chegaram rapidamente, mas nada puderam fazer. O jovem médico já havia sucumbido aos ferimentos.

O Corpo de Bombeiros precisou usar equipamentos pesados para remover o corpo do veículo destroçado. Cena dolorosa para quem dedica a vida a salvar outras.

Luto e reflexão

Familiares estão devastados. Como explicar que alguém tão jovem, com tanto pela frente, parta assim tão repentinamente? Samuel deixa um legado de dedicação, mas também questionamentos sobre a segurança nas estradas.

A Polícia Militar investiga as causas exatas do acidente. Especula-se sobre cansaço extremo após longas horas de plantão, mas isso são apenas conjecturas. A verdade só o tempo - e a perícia - dirão.

Enquanto isso, a comunidade médica de Juiz de Fora chora a perda de mais um guerreiro da saúde. Um daqueles que, mesmo recém-chegado, já havia marcado presença com sua competência e humanidade.