Grávida em estado grave após incêndio em fábrica: veja como está sua recuperação em Manaus
Grávida queimada em incêndio segue internada em Manaus

O cheiro de fumaça ainda parece impregnado no ar quando se fala do terrível acidente que aconteceu semana passada numa daquelas fábricas que a gente passa todo dia e nem nota. Uma trabalhadora, no oitavo mês de gravidez, virou vítima de um incêndio que começou do nada — ou melhor, começou daquela combinação perigosa entre falta de manutenção e azar.

Ela tá lá, no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) em Manaus, lutando por duas vidas. Os médicos tão fazendo malabarismo pra cuidar das queimaduras de segundo grau sem prejudicar o bebê. Difícil, né? Mas tão tentando.

O que aconteceu exatamente?

Segundo um colega de trabalho que pediu pra não ser identificado (medo de represália, você entende), a coisa foi rápida: "Um estralo, cheiro de queimado, e em segundos tava todo mundo correndo. A gente nem teve tempo de pensar". A gestante, que tava mais perto do local onde começou o fogo, não conseguiu sair a tempo.

O Corpo de Bombeiros chegou em 15 minutos — tempo recorde pra região — mas o suficiente pra situação ficar feia. Dois outros funcionários também se feriram, mas já receberam alta.

E agora?

A família tá num misto de esperança e desespero. O marido passa o dia todo no hospital, só saindo pra tomar um café e chorar escondido no banheiro. "Ela é forte", ele repete como um mantra, enquanto segura a foto do ultrassom com as mãos trêmulas.

Por incrível que pareça, o bebê parece estar resistindo bem — os médicos tão monitorando 24 horas por dia. Mas ninguém solta foguete ainda: as próximas 72 horas são decisivas pra mãe, que teve 40% do corpo queimado.

A fábrica? Ah, a fábrica parou por dois dias pra "investigar" e já voltou ao normal. Só o cheiro de queimado persistente lembra que algo aconteceu. O Ministério Público do Trabalho abriu investigação, mas todo mundo sabe como essas coisas costumam terminar...