O que começou como um sábado perfeito para navegar — céu azul, vento a favor — transformou-se num pesadelo das águas. Por volta das 15h de sábado (6), um veleiro de aproximadamente 6 metros simplesmente virou na Baía da Babitonga, em Navegantes. A embarcação, que até então cortava as águas com elegância, sucumbiu a uma suposta falha estrutural ou a uma manobra brusca. Quem estava a bordo? Um engenheiro experiente, de 56 anos, que amava o mar.
Não demorou para que o alerta fosse dado. Alguém viu a embarcação tombar e acionou a Capitania dos Portos de São Francisco do Sul quase que instantaneamente. Uma equipe de buscas foi mobilizada num piscar de olhos — lancha de resgate, mergulhadores, o protocolo todo de emergência entrou em ação.
Mas o mar, ah, o mar nem sempre colabora.
Quando encontraram o homem, já era tarde demais. Ele estava submerso, preso às cordas ou à estrutura do barco — ainda não se sabe ao certo. Os socorristis tentaram reanimá-lo, fazendo manobras de RCP ali mesmo, num ato desesperado de salvar uma vida que já escapara. Mas não adiantou. Ele foi declarado morto no local.
E agora? O corpo foi encaminhado para o Instituto-Geral de Perícias (IGP), em Joinville. Lá, peritos vão tentar desvendar os motivos exatos do acidente. Será que foi um problema no casco? Uma mudança repentina de vento? O que levou um homem tão experiente a não conseguir reverter a situação?
A Marinha já abriu um Procedimento de Apuração de Acidente Náutico — sim, é isso mesmo, um inquérito para investigar cada detalhe. Eles querem respostas. A família também. E a cidade de Navegantes, que vive do mar e para o mar, ficou de luto.
Um lembrete duro, cruel até, de que o oceano é imprevisível. Mesmo para quem o conhece bem.
