Justiça nega cremação de advogada morta em acidente de barco em Suape
Justiça nega cremação de advogada morta em Suape

A Justiça de Pernambuco negou o pedido de cremação do corpo da advogada Maria Eduarda Alves, vítima de um acidente de barco ocorrido no último fim de semana no Complexo de Suape. A decisão foi tomada após a família da profissional contestar o procedimento, alegando questões religiosas e emocionais.

O acidente, que chocou a região, aconteceu quando a embarcação em que a advogada estava colidiu com um navio cargueiro próximo ao porto. Além dela, outras três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital da Restauração, no Recife.

Entenda o caso

Segundo relatos, Maria Eduarda estava em um passeio de barco com amigos quando o acidente ocorreu. A embarcação teria perdido o controle devido a uma falha mecânica, resultando na colisão. A advogada, que não estava usando colete salva-vidas, foi arremessada ao mar e não resistiu aos ferimentos.

Família contesta cremação

A família da vítima entrou com um pedido na Justiça para impedir a cremação do corpo, argumentando que a prática vai contra suas crenças religiosas. Além disso, os parentes afirmam que o ato traria ainda mais sofrimento emocional, já que não poderiam se despedir adequadamente de Maria Eduarda.

O juiz responsável pelo caso, Carlos Mendonça, acatou o pedido da família e determinou que o corpo seja sepultado de forma tradicional. A decisão destacou a importância de respeitar as vontades dos familiares em momentos de luto.

Repercussão

O caso gerou grande comoção na região, especialmente entre colegas de profissão da advogada. Maria Eduarda era conhecida por seu trabalho em causas sociais e deixou dois filhos. Amigos e clientes têm usado as redes sociais para prestar homenagens.

O acidente também reacendeu o debate sobre a segurança nas águas do Complexo de Suape, que concentra um dos maiores portos do país. Autoridades locais prometeram fiscalizar com mais rigor as embarcações que circulam na área.