Tragédia nas Águas do Amazonas: Morte em Colisão entre Moto Aquática e Lancha Deixa Família em Luto
Jovem morre em colisão de moto aquática com lancha no AM

A quietude de um domingo à tarde no rio Tarumã-Açu, em Manaus, foi brutalmente interrompida por uma cena de caos. Por volta das 16h30, o que deveria ser um momento de lazer se transformou em pesadelo. Uma colisão violenta, daquelas que a gente nunca imagina que vai testemunhar, envolvendo uma moto aquática e uma lancha.

No centro dessa tragédia, infelizmente, estava Jefferson da Silva Almeida. Tinha apenas 26 anos. A vida inteira pela frente, interrompida de forma tão abrupta, tão... sem sentido. Ele pilotava a moto aquática quando o impensável aconteceu.

E o que restou? Uma família despedaçada. O pai, José Ribamar Almeida, de 54 anos, tentava encontrar palavras para a dor que, convenhamos, não cabe em nenhum vocabulário. "A gente perde uma vida", disse ele, com uma simplicidade que esconde um abismo de sofrimento. Uma frase curta, mas que ecoa como um grito de desespero. Não era um desconhecido, era seu filho.

O Socorro Imediato e a Busca por Respostas

O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente. Eles encontraram Jefferson já sem vida, no próprio local do acidente. A outra pessoa envolvida, um homem de 35 anos que estava na lancha, conseguiu sair com vida. Ele foi resgatado por populares – esses heróis anônimos que sempre aparecem na hora do desespero – e depois levado para o Pronto-Socorro 28 de Agosto. Passou por atendimento, felizmente com ferimentos que não ameaçaram sua vida.

Mas a pergunta que fica, e que deve estar martelando na cabeça de todos os envolvidos, é: como foi que isso aconteceu? As águas do Tarumã-Açu, que tantas vezes foram palco de brincadeiras e passeios em família, se tornaram o cenário de uma fatalidade dessas. O caso agora está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada em Crimes de Trânsito (Dect), que vai apurar todos os detalhes. Vão tentar reconstituir os momentos que antecederam a colisão. Será que foi um descuido? Uma manobra arriscada? Uma falha mecânica? Ainda é cedo para dizer.

Uma Dor que Não Tem Nome

Enquanto a burocracia da justiça segue seu curso, a família de Jefferson precisa aprender a lidar com o vazio. José Ribamar não falou muito. Às vezes, a dor é tão grande que as palavras fogem. Mas aquele breve desabafo, "a gente perde uma vida", diz tudo. É a constatação de uma perda irreparável, da finitude que chega sem aviso.

Acidentes como esse servem de alerta mórbido para a necessidade de extremo cuidado com a diversão nos rios da nossa Amazônia. A frota de embarcações de recreação só aumenta, e com ela, a responsabilidade de cada um. Não basta ter o equipamento; é preciso ter consciência. Muita consciência.

O luto da família Almeida é um lembrete trágico e doloroso de que a vida pode mudar num piscar de olhos, especialmente quando a imprevidência encontra o azar.