
Imagine só: você está ali, curtindo a vida marinha, quando de repente um barco aparece do nada, quase te atropelando. Foi mais ou menos isso que aconteceu com uma baleia-franca e seu filhote nas águas de Florianópolis. O vídeo, que viralizou, é de cortar o coração.
Dá pra ver claramente — e aí que bate o desespero — a embarcação passando literalmente por cima da cauda do animal. O filhote, inocente, estava logo ali do lado. Um segundo de diferença e a história poderia ter sido outra, sabe?
"Foi um milagre não ter virado tragédia", diz especialista
O biólogo marinho Carlos Mello, que já viu de tudo nesses mares, quase engasgou quando viu as imagens. "A gente fala, fala, mas parece que não aprendem", soltou, referindo-se às regras de avistamento de baleias. Pela lei, os barcos precisam manter no mínimo 100 metros de distância. Nesse caso? Bem... digamos que a matemática falhou feio.
E olha que a região é justamente um berçário natural desses gigantes gentis. Entre julho e novembro, elas aparecem por lá pra ter seus filhotes. Ou seja: é temporada de bebês baleia pulando por aí. Precisa mesmo de GPS pra entender que é hora de reduzir a velocidade?
O que diz a lei — e por que ninguém parece ligar
Pois é. A legislação é clara como água de piscina:
- Distância mínima: 100m (ou 200m se tiver filhote no meio)
- Velocidade máxima: 10 nós
- Proibido mudar de rota bruscamente perto delas
Mas adivinha? Multas existem, sim. Só que fiscalização... bem, aí a conversa já muda de figura. "É como jogar futebol sem juiz", brincou — sem graça nenhuma — um pescador local.
E enquanto isso, nas redes sociais, o debate esquenta. De um lado, os defensores dos animais, pistolaços com a cena. Do outro, os que dizem que "baleia também sabe nadar". Difícil, hein?
Uma coisa é certa: com ou sem fiscalização, a natureza segue fazendo seu papel. Resta saber se a gente vai aprender a respeitar isso antes que seja tarde demais.