Barco com 10 mil litros de combustível vira inferno em rio do Acre; tripulação escapa ilesa
Barco com 10 mil litros de combustível pega fogo no AC

Imagine a cena: uma embarcação, carregando nada menos que dez mil litros de gasolina e diesel, transformada em uma colossal bola de fogo no meio das águas escuras do Rio Juruá. Foi esse o cenário de pesadelo que se desenhou na manhã desta quarta-feira (3), por volta das 8h30, no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

O que exatamente detonou o inferno sobre as águas? Ainda é uma incógnita. As autoridades – o Corpo de Bombeiros, pra ser mais exato – mergulharam de cabeça nas investigações para desvendar a origem das chamas. O que se sabe, e olhe lá, é que o barco transportava aquele montante absurdo de combustível, uma verdadeira bomba-relógio flutuante.

E aqui vem a parte que beira o milagre: ninguém se feriu. Nem um arranhão. A tripulação, em um lance de pura sorte ou sangue frio – a história não conta –, conseguiu abandonar a embarcação a tempo de ver o espetáculo macabro de longe, são e salva. A gente até arrepia só de pensar no que poderia ter acontecido.

O Trabalho Heróico dos Bombeiros

Quando o alerta soou, os bombeiros não mediram esforços. Chegaram ao local num piscar de olhos e encararam o dragão de fogo de frente. A missão? Controlar o incêndio e, o mais importante, impedir que aquele desastre ecológico de fazer cair o queixo se espalhasse pelo rio. E conseguiram, viu? Após uma batalha intensa, as chamas foram domadas.

Mas, cá entre nós, o perigo de uma tragédia ambiental ainda pairava no ar. Dez mil litros são muita coisa. A preocupação imediata era conter qualquer vazamento, evitar que os combustíveis vazassem e intoxicassem as águas que são vida para aquela comunidade. Pelos relatos, a operação foi um sucesso e o pior foi evitado.

E Agora, José?

O barco, é claro, ficou totalmente destruído. Uma perda material considerável, sem dúvida. Mas, convenhamos, diante do potencial de carnificina que era aquela situação, foi um preço pequeno a se pagar.

O caso acende um sinal de alerta gigante – e amarelo – sobre a segurança do transporte de cargas perigosas pelos rios da região. Essas vias fluviais são as estradas de muitas comunidades, e um incidente desse naipe mostra como a linha entre a normalidade e o caos é tênue. Muito tênue.

Enquanto os peritos não descobrem as causas reais do incêndio, a população de Cruzeiro do Sul respira aliviada. Foi um susto e tanto, daqueles que ficam na memória. Mais um daqueles dias comuns que, do nada, quase viram uma catástrofe anunciada.