Tragédia em MG: Banhista morre após ser atingido por hélice de lancha — 'Vivia cada dia como se fosse o último', diz irmã
Banhista morre ao ser atingido por hélice de lancha em MG

Era um dia como qualquer outro no Lago de Furnas — até que o impensável aconteceu. Por volta das 15h de terça-feira (29), o silêncio da paisagem foi quebrado por gritos que ecoaram como um filme de terror. Um banhista, identificado como José Ricardo Nascimento, de 42 anos, foi atingido mortalmente pela hélice de uma lancha enquanto nadava nas águas tranquilas.

"Ele era daqueles que abraçava a vida com unhas e dentes", conta a irmã, Maria Nascimento, com a voz embargada. "Acordava cedo pra pescar, fazia churrasco pros amigos, dizia sempre: 'amanhã a gente não promete'."

O que sabemos sobre o acidente

Detalhes ainda são escassos — a Polícia Civil investiga se houve falha humana ou excesso de velocidade. Testemunhas relatam que a lancha fazia manobras próximas à área de banho, algo proibido por lei. O socorro chegou rápido, mas já era tarde demais.

José, que trabalhava como técnico em refrigeradores, deixou esposa e dois filhos. "Meu irmão tinha um coração maior que o lago onde se foi", desabafa Maria, mostrando fotos no celular — imagens de sorrisos largos em dias ensolarados, agora memórias congeladas no tempo.

Um alerta que vem tarde

Especialistas em segurança náutica ouvidos pela reportagem são enfáticos: 90% dos acidentes como este poderiam ser evitados. Basta respeitar as zonas de banho e manter velocidade reduzida próximo a banhistas. Mas no calor do momento, entre a pressa e a distração, regras viram letra morta.

O corpo de José foi velado na quarta-feira (30) em Passos, cidade onde morava. No cemitério, amigos soltaram balões azuis — cor que ele sempre dizia representar a liberdade. Enquanto isso, no lago, as águas voltaram à calma. Como se nada tivesse acontecido.