O que começou como um dia tranquilo de pescaria no Ceará terminou em tragédia. Uma criança de apenas 8 anos não resistiu após a canoa onde estava virar no açude, enquanto dois adolescentes — de 14 e 16 anos — também se afogaram. O pai, que acompanhava o grupo, foi detido pela polícia. A notícia chocou a região do Cariri, onde o caso aconteceu.
O que deu errado?
Segundo testemunhas, a embarcação era pequena e frágil — daquelas que balançam até com o vento mais leve. Ninguém usava colete salva-vidas, e o açude, que parecia calmo, escondia correntezas traiçoeiras. Quando a canoa virou, o pânico tomou conta. Os adolescentes tentaram nadar, mas a força da água foi maior. A criança, infelizmente, não teve chance.
O pai, que sobreviveu, agora responde por homicídio culposo. A polícia investiga se havia negligência — afinal, levar crianças numa canoa instável, sem equipamentos de segurança, é no mínimo questionável. "Ele diz que não esperava que algo assim acontecesse", contou um delegado, com a voz carregada de incredulidade.
Reações e consequências
Na comunidade, o clima é de luto e revolta. Vizinhos lembram a criança como "cheia de vida", e os adolescentes, "garotos que adoravam pescar". Enquanto isso, o açude, antes ponto de pesca e lazer, agora é visto com medo. Autoridades alertam: "Água não brinca", e reforçam a necessidade de equipamentos de segurança — colete salva-vidas deveria ser tão óbvio quanto levar a vara de pescar, mas não é.
O caso serve de alerta para famílias que frequentam rios e açudes. Tragédias assim, embora evitáveis, acontecem quando a segurança vira detalhe. E o pior? Quem paga o preço são sempre os mais vulneráveis.
