
O coração de Nova Crixás ficou em pedaços nesta semana. Um bebê — mal completara 11 primaveras — se foi num piscar de olhos, vítima de um daqueles acidentes que a gente nunca acha que vai acontecer na nossa rua. A piscina, que devia ser sinônimo de diversão, virou cenário do pior pesadelo de uma família.
Segundo relatos, a criança estava sob os cuidados de parentes quando o impensável aconteceu. Num descuido rápido como um suspiro, o pequeno escorregou para as águas que pareciam inofensivas. Quando perceberam, já era tarde demais.
Minutos que mudam vidas
Os bombeiros chegaram rápido — mas nem tanto quanto a morte, que é sempre a mais ágil. Tentaram de tudo, aqueles heróis de uniforme: massagens cardíacas, respiração boca a boca, até aquelas manobras que a gente vê na TV e torce pra nunca precisar. A ambulância voou como um pássaro ferido, mas o hospital só pôde confirmar o óbito.
E agora? Agora resta o vazio. Aquele berço que não vai mais ser usado, as roupinhas lavadas que ninguém tem coragem de guardar. A vizinhança em choque, se perguntando como foi que a vida conseguiu ser tão cruel com alguém que mal sabia andar.
Números que doem
Você sabia que o afogamento é a segunda maior causa de morte acidental em crianças no Brasil? Pois é. E o pior: bastam 2 minutos debaixo d'água pra deixar sequelas permanentes. 4 minutos, e as chances despencam feito avião sem asa.
- Nunca — jamais! — deixe crianças sozinhas perto de água, nem que seja 'só um minutinho'
- Piscinas devem ter cercas de no mínimo 1,5m com portões que fecham sozinhos
- Boias e coletes são úteis, mas não substituem supervisão constante
- Aprenda primeiros socorros — pode ser a diferença entre um susto e uma tragédia
Enquanto a polícia apura os detalhes (porque sim, mesmo acidentes precisam ser investigados), Nova Crixás chora seu anjinho. A prefeitura já anunciou que vai intensificar campanhas de prevenção — tarde demais pra essa família, mas quem sabe salve outras.
No fim das contas, a gente sempre acha que essas coisas só acontecem com os outros. Até o dia em que somos nós os outros. Fica o alerta, a dor, e a lição mais amarga que existe: com criança, vigilância zero nunca é opção.