
Imagine sair para fazer as unhas e voltar para casa sem parte de um dedo. Foi exatamente o pesadelo que virou realidade para Maria*, uma aposentada de 67 anos de São José do Rio Preto, interior paulista.
Tudo começou com um simples corte durante a manicure — daqueles que a gente até releva, pensando "ah, é só um machucadinho". Só que não. O "machucadinho" virou uma infecção tão grave que, em menos de uma semana, os médicos tiveram que amputar parte do seu dedo médio.
O caso que virou alerta
Segundo relatos da família, a idosa notou vermelhidão e inchaço dois dias após o procedimento. "Parecia que o dedo ia explodir", descreveu uma das filhas, que preferiu não se identificar. Quando chegaram ao hospital, a situação era crítica: infecção generalizada, risco de septicemia.
Os especialistas suspeitam que o alicate usado não estava devidamente esterilizado — um erro básico que, pasmem, ainda acontece em muitos estabelecimentos. "É como jogar roleta russa com sua saúde", comentou um infectologista que acompanhou o caso.
Os perigos escondidos nos salões
- Falta de esterilização adequada de instrumentos
- Reutilização de materiais descartáveis
- Cortes mal cuidados que viram porta de entrada para bactérias
- Subestimagem de sintomas iniciais de infecção
E o pior? Esse não é um caso isolado. Só no primeiro semestre deste ano, a Vigilância Sanitária local já recebeu três denúncias similares contra estabelecimentos de beleza na região.
*Nome fictício para preservar a identidade da vítima
Como se proteger?
Você sabia que aquele kit básico de manicure que muitas levam para o salão pode não ser suficiente? Especialistas recomendam:
- Exija ver o processo de esterilização — não tenha vergonha de perguntar
- Observe se os profissionais lavam as mãos entre um cliente e outro
- Fique atenta a qualquer vermelhidão ou dor persistente após o procedimento
- Em caso de corte, lave imediatamente com água corrente e sabão
Parece exagero? A família de Maria certamente não acha mais. "Minha mãe pagou com carne o preço de uma manicure mal feita", desabafou a filha, enquanto acompanhava a idosa nas sessões de fisioterapia.
O caso está sendo investigado pela delegacia local, e o salão — que preferimos não identificar até a conclusão do inquérito — pode responder por lesão corporal grave. Enquanto isso, Maria aprende a viver sem parte do dedo, em um lembrete doloroso de que até os pequenos mimos de beleza podem sair caro.