
Parece que o orçamento dos itabunenses vai ficar mais apertado — e dessa vez a culpa é do transporte. A prefeitura acabou de confirmar o que muita gente temia: as tarifas de ônibus e táxi vão subir, e a partir de 1º de outubro a conta do deslocamento diário ficará mais salgada.
O reajuste, aprovado após meses de discussão (e muita expectativa por parte da população), estabelece que a passagem do ônibus urbano vai pular de R$ 4,50 para R$ 4,85. Uma diferença de trinta e cinco centavos que, convenhamos, no fim do mês faz uma falta danada.
Mas não para por aí. Quem recorre aos táxis como alternativa — seja por comodidade ou necessidade — também sentirá o baque. A famosa "bandeirada", aquela tarifa inicial que já dói no bolso, será ajustada de R$ 5,50 para R$ 6,50. Sim, um real a mais logo na largada.
E aí, como ficam os usuários?
Para quem depende do transporte coletivo no dia a dia, a notícia é daquelas que a gente recebe com um misto de resignação e frustração. Maria Silva, diarista que pega dois ônibus por dia para ir e voltar do trabalho, não esconde a preocupação: "Já tô contando os centavos do arroz e do feijão. Agora mais esse? Vai complicar".
Do outro lado, os taxistas argumentam que o reajuste era necessário — e até tardio. "Os custos subiram muito: combustível, manutenção, seguro. A gente estava trabalhando no prejuízo", defende Carlos Almeida, que há quinze anos roda pela cidade.
A prefeitura, por sua vez, justifica a medida citando o aumento nos custos operacionais do sistema de transporte. Eles alegam que o último reajuste havia sido feito há mais de um ano e que, desde então, a inflação e os preços dos insumos corroeram a viabilidade financeira do serviço.
O que muda na prática?
- Ônibus urbano: sobe de R$ 4,50 para R$ 4,85
- Taxa inicial do táxi (bandeirada): sobe de R$ 5,50 para R$ 6,50
- Validade: a partir de 1º de outubro de 2025
- Impacto: quem gasta R$ 9,00 por dia (ida e volta) passará a gastar R$ 9,70
Parece pouco? Multiplique por vinte dias úteis e você terá um aumento de R$ 14,00 no mês. Para muitas famílias, isso significa um quilo de carne a menos no prato — ou um compromisso financeiro a mais para equilibrar.
E agora, José? A pergunta que fica é: será que os serviços vão melhorar na mesma proporção? Melhorias na frota, pontualidade, conforto... A população espera que, pelo menos, o custo-benefício faça algum sentido.
Enquanto isso, o conselho é se preparar. Outubro chega com o bolso mais leve — e o transporte, infelizmente, mais pesado.