
Não é de hoje que o transporte público na Bahia vem dando dor de cabeça — mas a situação atual parece ter atingido um novo patamar de complicação. A empresa responsável por parte significativa das linhas de ônibus no estado está, literalmente, com a corda no pescoço.
Segundo fontes próximas ao caso, a crise financeira da companhia já ultrapassa o limite do preocupante. Dívidas acumuladas, inadimplência e uma série de decisões questionáveis nos últimos anos criaram um cenário que, convenhamos, não chega a surpreender quem depende desses serviços diariamente.
O que está pegando?
Pra começar, os números não mentem: a frota está operando com menos da metade dos veículos necessários. Resultado? Ônibus superlotados, atrasos que se medem em horas (não minutos) e passageiros que já chegam a perder compromissos importantes.
"É uma situação de terra arrasada", desabafa um motorista que preferiu não se identificar. "A gente trabalha sob pressão, com manutenção precária e sem perspectiva de melhora."
Efeito dominó
O problema vai muito além do incômodo dos usuários. Com a empresa cambaleando:
- Funcionários estão sem receber benefícios há meses
- Fornecedores ameaçam cortar serviços essenciais
- Municípios começam a estudar medidas emergenciais
Não bastasse isso, o preço da passagem — que já pesa no bolso do trabalhador — pode subir ainda mais. Ironia cruel: quem menos pode pagar é quem mais sofre.
E agora, José?
Enquanto isso, o poder público parece mais perdido que cego em tiroteio. Promessas de intervenção pipocam aqui e ali, mas ações concretas? Até agora, zero. "É sempre assim", reclama Maria Santos, diarista que gasta 4 horas por dia no transporte. "Quando a gente precisa, some todo mundo."
Especialistas alertam: sem uma solução rápida, o colapso pode afetar toda a economia regional. Afinal, como diz o ditado, quando o transporte espirra, a cidade pega pneumonia.
Enquanto a corda não arrebenta pro lado da empresa — ou dos passageiros — o jeito é cruzar os dedos e torcer pra que alguém, em algum lugar, tome as rédeas dessa situação antes que vire um caos generalizado.