
Parece que o principal aeroporto do Brasil está passando por maus bocados – e não é só impressão de passageiro estressado. O Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, que deveria ser nossa vitrine para o mundo, acabou de levar uma bela bronca da ANAC. A Agência Nacional de Aviação Civil divulgou seus números do primeiro semestre e, francamente, os resultados são para fazer corar.
Com uma nota de apenas 2,87 numa escala que vai até 5, o aeroporto simplesmente não atingiu o mínimo necessário. A meta era 3,47, gente. Não estamos falando de uma diferença pequena aqui – é quase um ponto inteiro abaixo do esperado. Algo está claramente muito errado.
O Que Deu Errado no Gigante de Guarulhos?
Quando você para para analisar os critérios avaliados, a coisa fica ainda mais preocupante. Dos oito itens checados pela ANAC, Guarulhos foi reprovado em cinco. Sim, você leu certo: mais da metade! Os principais problemas identificados foram:
- Tempo excessivo de espera nos check-ins (aquele desespero de ficar olhando para o relógio)
- Fila de embarque que mais parece maratona
- Condições precárias dos banheiros – detalhe nada glamouroso
- Falta de informação clara sobre voos atrasados
- Sinalização que mais confunde do que ajuda
Não é à toa que os passageiros estão saindo de lá com a sensação de que sobreviveram a uma prova de resistência, não a um processo de embarque.
E os Outros Aeroportos?
Enquanto Guarulhos patina, outros aeroportos brasileiros estão dando show. Santos Dumont, no Rio, alcançou nota 4,67 – quase o dobro da performance paulista. Confins, em Minas, também se saiu bem melhor. Até Viracopos, que costuma dividir as críticas com Guarulhos, superou o colega com folga.
O que isso nos diz? Que o problema não é falta de know-how ou recursos no país. É algo específico de Guarulhos, que precisa ser urgentemente identificado e corrigido.
As Consequências para Quem Viaja
Para nós, meros mortais que precisamos usar o aeroporto, a situação é mais do que um número numa planilha. Significa:
- Mais stress antes mesmo de decolar
- Risco maior de perder conexões importantes
- Desgaste desnecessário – como se viajar já não fosse cansativo o suficiente
- Imagem negativa do Brasil para estrangeiros que passam por aqui
É frustrante, para dizer o mínimo. Um aeroporto internacional deveria ser nossa carta de apresentação, não um obstáculo a ser superado.
E Agora, José?
A ANAC já sinalizou que vai cobrar melhorias – obviamente. A concessionária que administra o aeroporto terá que apresentar um plano de ação convincente. Mas entre papel e realidade existe um abismo que conhecemos bem no Brasil.
O que me preocupa, sinceramente, é que problemas de infraestrutura assim não se resolvem da noite para o dia. Enquanto isso, continuaremos pagando caro por um serviço que, francamente, está aquém do aceitável.
Restaa torcer – e cobrar – para que a situação melhore antes das próximas férias. Porque ninguém merece começar uma viagem já exausto da espera no aeroporto.