Era pra ser mais uma terça-feira comum no transporte coletivo de Campinas. Mas o que as câmeras de vigilância capturaram por volta das 14h30 dessa tarde de 19 de agosto vai te deixar de cabelo em pé.
O vídeo — arrepiante, diga-se — mostra o exato instante em que as chamas começam a surgir, sinistras, na parte traseira de um ônibus da linha 332. Uma fagulha, um pequeno clarão, e em questão de segundos o fogo ganha vida própria, avançando com uma voracidade que chega a dar calafrios.
E o motorista? Ah, esse merece um capítulo à parte. Enquanto passageiros entravam em desespero — e quem não entraria? —, ele manteve uma calma quase sobrenatural. Parou o veículo num piscar de olhos, acionou o sistema de emergência e iniciou a evacuação com uma frieza que só quem tem anos de estrada consegue ter.
O que teria causado o incêndio?
Bom, as investigações preliminares apontam para um problema no sistema elétrico. Aquela velha história de fiação antiga, sobrecarga… uma combinação perigosa que, cedo ou tarde, cobra seu preço. Especialistas que viram as imagens já soltaram o verbo: "manutenção preventiva não é gasto, é investimento". E como eles têm razão.
O Corpo de Bombeiros chegou rápido, felizmente. Controlaram as chamas antes que o estrago fosse total — mas o veículo, coitado, ficou só a carcaça. Prejuízo grande, mas que poderia ter sido infinitamente pior.
E os passageiros?
Alguns relataram ter sentido cheiro de queimado minutos antes do susto maior. Outros disseram que foi tudo tão rápido que mal deu tempo de processar. Teve gente que deixou pertences pra trás na correria da saída. Material dá pra repor, vidas não — e essa, no fim das contas, foi a grande lição do dia.
A EMTU — aquela que administra o sistema — já soltou nota se comprometendo com apuração transparente. Prometeram vistoria em frota similar, o que é o mínimo que se espera. Campinas não precisa de mais sustos como esse.
No meio de tanta notícia ruim, fica o alívio: zero feridos. Um verdadeiro milagre, considerando o potencial catastrófico da situação. E fica também o reconhecimento àquele motorista que, num momento de puro caos, fez tudo que tinha que ser feito. Herói anônimo do asfalto.
