O que era pra ser mais uma tarde comum no interior goiano se transformou num pesadelo de aço e vidros estilhaçados. Por volta das 16h30 dessa quinta-feira (22), o trecho da GO-320 que corta Quirinópolis virou palco de uma cena dantesca – daquelas que ficam marcadas na memória de qualquer um que passa por ali.
Testemunhas ainda parecem não acreditar no que viram. Um veículo de passeio e um caminhão, num daqueles momentos inexplicáveis da vida, travaram numa colisão frontal de causar calafrios. O estampido seco do metal contra metal ecoou pela rodovia, seguido por um silêncio sinistro – aquele que só tragédias verdadeiras conseguem produzir.
O saldo imediato foi devastador: duas pessoas morreram no local, ainda presas às ferragens. Três outras almas conseguiram ser resgatadas com vida, mas… que vida? Em estado gravíssimo, lutando contra ferimentos que fariam qualquer um tremer na base.
Corrida Contra o Relógio
O Samu e os bombeiros chegaram rápido – mais rápido que o usual, diriam alguns. Mas contra a fúria de um acidente dessas proporções, até mesmo o tempo parece conspirar. Os socorristas trabalharam com aquela mistura de urgência e delicadeza que só quem vive no front conhece.
Os feridos, todos em estado considerado muito grave pelos profissionais, foram transportados às pressas. Um deles para o Hospital Municipal de Quirinópolis, os outros dois para unidades de saúde em Rio Verde. Agora é esperar – e torcer. Torcer muito.
O Que Resta
Enquanto isso, a Polícia Militar faz o que precisa ser feito: isolou a área, desviou o trânsito e iniciou os trabalhos periciais. A GO-320, normalmente movimentada, agora é um cenário de investigação. Cada fragmento de vidro, cada marca no asfalto, conta uma parte da história que ninguém gostaria de ouvir.
As identidades das vítimas? Ainda não foram divulgadas – e talvez seja melhor assim. Primeiro que as famílias merecem o direito ao luto em paz. Segundo porque, no fundo, não importam os nomes: importa que eram pessoas. Pessoas com histórias, sonhos, compromissos marcados para hoje ou amanhã.
O acidente serve como daqueles alertas brutais – e frequentes demais, convenhamos – sobre os perigos das estradas. Principalmente nas rodovias estaduais, onde a sensação de "familiaridade" com o trajeto às vezes cria uma falsa segurança. Uma distração de segundos, um ultrapassagem mal calculada, e o inacreditável acontece.
Quirinópolis chora hoje. E o resto de nós? Fica aqui naquela reflexão incômoda sobre como a vida é frágil – e como tudo pode mudar num piscar de olhos.
