O que começou como mais um dia comum terminou em tragédia para uma família de Santa Catarina. Na tarde de terça-feira (20), por volta das 16h, a rotina da BR-470, próximo ao viaduto do distrito de Ipiranga, em Araquari, foi violentamente interrompida por um choque devastador. Uma colisão frontal entre uma motocicleta e um caminhão – aquele tipo de notícia que você lê e espera nunca conhecer os envolvidos.
O motociclista, infelizmente, não resistiu. E não era um nome qualquer, um anônimo. Era o Claudinei Luiz Pereira. 47 anos. Mais do que uma idade, uma vida inteira. Ele era daqui mesmo, de Araquari, um comerciante conhecido na região. Imagino que aquele fosse um trajeto comum para ele, talvez a caminho de casa, do trabalho... quem sabe? São esses detalhes que mais doem.
O Samu chegou rápido, tentou o impossível. Mas diante de ferimentos tão graves, só restou confirmar o óbito ali mesmo, no asfalto quente da rodovia. O corpo dele foi encaminhado para o IML de Joinville, onde a família deve enfrentar a burocracia dolorosa que segue uma perda dessas.
O Que Resta Para a Família?
Enquanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abre um inquérito para apurar as causas exatas do acidente – excesso de velocidade? ultrapassagem indevida? –, uma esposa, filhos, amigos e clientes ficam com a memória e um vazio que não preenche. Claudinei não era só um número nas estatísticas de trânsito, que aliás, estão assustadoras este ano. Ele era uma pessoa.
E cá entre nós, quantos Claudineis precisam se ir antes de a gente levar a sério a segurança nas nossas estradas? A BR-470, vital para o estado, já foi palco de tantos sustos e fatalidades que chega a ser angustiante. Quando é que vira prioridade?
O silêncio da família neste momento é compreensível. A dor é uma ilha. Resta à comunidade ao redor, que certamente o conhecia, oferecer o apoio num momento desses. É o mínimo.
