As câmeras de segurança capturaram imagens que são difíceis de esquecer. Na Avenida Ville Roy, bem no coração de Boa Vista, a rotina pacata da tarde de domingo foi interrompida por uma cena digna de filme de ação — só que, infelizmente, essa era a mais pura e cruel realidade.
Testemunhas ainda parecem estar em estado de choque. "Foi tudo muito rápido, um clarão, depois aquela fumaça preta subindo", conta um morador que preferiu não se identificar. "A gente nunca imagina ver uma coisa dessas na nossa rua."
O momento do impacto
Por volta das 16h30 de domingo, o que deveria ser mais um trajeto comum pelas vias da capital roraimense se transformou em pesadelo. A motocicleta, por razões que ainda estão sendo apuradas, simplesmente não conseguiu desviar da caçamba que estava estacionada ali, parada, como se fosse uma armadilha à espera.
E então aconteceu: o choque violento, a faísca que encontrou combustível, e de repente — fogo. Muito fogo.
Corrida contra o tempo
O que se seguiu foi uma verdadeira operação de guerra. O Corpo de Bombeiros chegou rápido, mas cada minuto parecia uma eternidade. Enquanto as chamas consumiam a moto e ameaçavam o motociclista, os profissionais trabalhavam com uma precisão que só o desespero ensina.
Conseguiram apagar as chamas, sim. Mas o que restou foi um homem gravemente ferido, com queimaduras que dão frio na espinha só de imaginar.
Para onde ele foi?
O Hospital Geral de Roraima recebeu mais essa vítima do trânsito — que, diga-se de passagem, anda cada vez mais violento por essas bandas. Os médicos e enfermeiros, esses heróis de plantão permanente, assumiram o controle da situação.
O estado do motociclista? Grave. Muito grave. A equipe médica trava sua própria batalha nos corredores do hospital, enquanto a família aguarda notícias — aquela espera angustiante que ninguém merece viver.
E agora, o que diz a lei?
A Polícia Técnica já está no caso, tentando reconstruir os pedaços desse quebra-cabeça trágico. O que levou à colisão? Excesso de velocidade? Falha mecânica? Distração? As perguntas são muitas, as respostas ainda poucas.
Enquanto isso, nas redes sociais, o vídeo do acidente viralizou — como sempre acontece nessa nossa era digital onde a dor alheia vira espetáculo. Mas além dos likes e shares, fica a pergunta: quantos acidentes assim precisam acontecer até que algo mude de verdade?
O trânsito de Boa Vista ganhou mais uma cicatriz. E um motociclista luta pela vida. A cidade respira, segue em frente, mas carrega consigo o peso de mais uma tragédia que poderia — será que não poderia? — ter sido evitada.
