
Parece que foi num piscar de olhos que a rotina transformou-se em caos na Linha Verde. A tal da sorte — ou falta dela — decidiu pregar uma das suas na tarde desta quinta-feira (3), e o resultado foi simplesmente devastador.
O primeiro estampido ecoou por volta das 15h, perto do túnel da João Gualberto. Um caminhão e uma moto — dois mundos completamente diferentes em tamanho e fragilidade — encontraram-se da pior maneira possível. Testemunhas contam que o motociclista, um homem ainda não identificado, não teve a menor chance. A cena era tão brutal que até os mais experientes bombeiros pareciam abalados.
E quando você pensa que não pode piorar...
Mal havia começado o trabalho de resgate no primeiro acidente, e eis que — pasmem — outro baque, desta vez mais adiante, na altura do bairro Ahú. Dois carros e uma moto envolvidos numa coreografia macabra de metal retorcido e vidros estilhaçados.
Três pessoas caíram no asfalto. Duas delas em estado considerado grave, segundo os paramédicos que corriam de um lado para outro tentando salvar o que ainda dava. O terceiro ferido, um alívio relativo nesse inferno, teve lesões menos sérias.
O cenário que ninguém gostaria de ver
Imagine só: sirenes de todos os tipos, gente correndo, helicóptero sobrevoando — aquele clima de filme de ação, só que dolorosamente real. O Batalhão de Trânsito precisou fechar pistas, é claro, e o trânsito na região simplesmente parou. Quem estava preso nos carros via a fumaça subir e só podia imaginar o pior.
Os bombeiros, esses heróis do dia a dia, trabalharam como verdadeiros equilibristas entre a vida e a morte. E os peritos? Bem, esses ainda tentam desvendar o que diabos aconteceu de fato. Seria excesso de velocidade? Distração? Má sorte mesmo? A verdade é que, no trânsito, às vezes bastam segundos para tudo virar de cabeça para baixo.
Enquanto isso, famílias inteiras têm suas vidas transformadas. Uma pessoa não voltará para casa hoje — e talvez nunca mais. Outras enfrentarão longas recuperações. E a pergunta que fica, ecoando mais alto que qualquer sirene: quando é que a gente vai aprender que dirigir não é brincadeira?