
O que começou como mais uma segunda-feira comum no bairro Campo Comprido, em Curitiba, transformou-se rapidamente em uma cena digna de filme de ação — só que real, muito real. E assustadoramente perigosa.
Por volta das 8h30 desta sexta-feira, um caminhão de entrega que circulava pela Rua Professor Algacyr Munhoz Mader pareceu ganhar vida própria. Ou melhor, perder o controle completamente. Testemunhas ainda parecem estar processando o que viram — um veículo pesado, desses que normalmente seguem seu curso de forma tão previsível, subitamente se transformando em uma ameaça desgovernada.
O momento do desespero
E então aconteceu. Algo que poucos de nós jamais enfrentaremos, felizmente. Os dois funcionários a bordo, diante da impossibilidade de controlar o monstro de metal, tomaram uma decisão que vai contra todos os nossos instintos básicos de autopreservação: pular. Sim, pular de um caminhão em movimento.
O vídeo que circula nas redes sociais — e que você provavelmente já viu — é de cortar o coração. Primeiro um homem salta, rolando violentamente pelo asfalto. Segundos depois, o segundo segue o exemplo, seu corpo sendo projetado contra a rua com força brutal. É daquelas cenas que faz você segurar a respiração sem perceber.
Milagre sobre rodas?
Aqui vem a parte que beira o inacreditável. Contra todas as probabilidades — e a física não estava do lado deles, podemos afirmar — ambos sobreviveram. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente e encontrou os dois homens conscientes, embora bastante machucados. Ferimentos leves, segundo o boletim oficial. Alguém aí acredita em sorte? Porque isso foi mais do que sorte, foi praticamente um milagre.
O que causou essa situação de pesadelo? Uma falha nos freios, segundo as primeiras investigações. Aquele sistema que sempre damos como garantido, que funciona silenciosamente a cada vez que pisamos no pedal, simplesmente decidiu tirar férias no momento mais inconveniente possível.
E o caminhão?
O veículo, agora sem sua tripulação humana, continuou sua jornada solitária por mais alguns metros — até encontrar seu destino final: uma árvore. Sim, uma árvore comum de calçada que, ironicamente, fez o trabalho que os freios se recusaram a fazer. O impacto foi considerável, mas pelo menos não atingiu outros carros ou pedestres.
Os dois homens, cujos nomes não foram divulgados, foram levados para o Hospital do Trabalhador. Estão estáveis, recebendo atendimento. E provavelmente repensando suas carreiras — ou pelo mesmo agradecendo por estar vivos.
O caso segue sob investigação, mas já serve como um alerta sinistro sobre a importância da manutenção preventiva. Às vezes, o perigo não está no que podemos ver, mas justamente naquilo que não enxergamos — até que seja tarde demais.