Natal em Alerta: Acidentes com Motos Disparam 12% e Viram Epidemia no Trânsito
Acidentes com motos disparam 12% em Natal

Parece que as ruas de Natal estão ficando cada vez mais perigosas para quem anda sobre duas rodas. Os números não mentem: só neste ano, os acidentes com motociclistas na capital potiguar deram um salto preocupante de 12%. É como se a cada semana mais pessoas caíssem nessa estatística fria — que, na verdade, representa vidas, famílias inteiras afetadas.

Os dados, coletados entre janeiro e agosto de 2025, mostram uma realidade que todo natalense já percebeu no dia a dia. O trânsito anda caótico, e os motoqueiros — muitos deles trabalhadores que dependem da moto para o sustento — estão pagando o preço mais alto.

O Que Está Por Trás Desses Números?

Conversando com especialistas em mobilidade urbana, descobri que não existe um único vilão nessa história. É uma combinação perigosa de fatores:

  • O aumento absurdo do número de motos nas ruas — hoje são mais de 300 mil somente na capital
  • Infraestrutura que não acompanhou esse crescimento
  • Comportamento de risco de alguns condutores
  • E, claro, a pressa típica dos grandes centros urbanos

Não é exagero dizer que estamos diante de um problema de saúde pública. Os hospitais da rede pública sentem o impacto direto desses acidentes, com leitos ocupados e custos que poderiam ser evitados.

E Agora, José?

A pergunta que não quer calar: o que fazer para reverter esse cenário? Algumas medidas parecem óbvias, mas a implementação é que é o desafio. Investimento em educação no trânsito desde as escolas, melhorias na sinalização e fiscalização mais presente nas vias com maior índice de acidentes seriam um começo.

Mas tem um detalhe importante — a conscientização precisa vir de todos os lados. Motociclistas, motoristas de outros veículos e até pedestres têm sua parcela de responsabilidade nessa equação complicada.

Enquanto isso, nas ruas de Natal, a realidade segue seu curso. Cada buraco no asfalto, cada ultrapassagem perigosa, cada distração ao volante pode ser o estopim para mais um número nessa estatística triste. Resta torcer — e cobrar — por mudanças antes que mais vidas sejam perdidas no asfalto quente da cidade.