
Era mais um sábado comum em Boa Vista, até que o barulho seco de metal contra metal cortou o ar por volta das 16h30. Na Avenida Ville Roy, no bairro Cauamé, a rotina pacata de fim de semana foi interrompida por uma cena que infelizmente se repete com frequência assustadora pelas nossas ruas.
Um Honda Civic e uma motocicleta travaram um embate violento — daqueles que a gente sempre torce para nunca testemunhar de perto. A colisão, que aconteceu na altura do número 2.800 da avenida, deixou o motociclista, um jovem que ainda não teve a identidade revelada, caído no asfalto.
Cenário de tensão no local
Testemunhas que presenciaram tudo contam que o som foi ensurdecedor. "Parecia um trovão, mas seco, metálico", descreveu um morador da região que preferiu não se identificar. O que se viu depois foi uma corrida contra o tempo para socorrer o rapaz.
O Samu — nosso Serviço de Atendimento Móvel de Urgência — não demorou a chegar. Os paramédicos, profissionais que merecem todo nosso respeito, encontraram o jovem consciente, mas claramente abalado pelo susto e pelas lesões. Eles fizeram o que sabem fazer de melhor: estabilizaram a vítima no local antes do transporte.
Para onde foi o motociclista?
O hospital escolhido para recebê-lo foi o Geral de Roraima, unidade que já está mais do que acostumada a receber vítimas do trânsito. A verdade é que isso me faz pensar: quantas vidas precisam ser interrompidas ou marcadas antes que a gente leve a segurança viária a sério?
Até o fechamento desta matéria, as informações sobre o estado de saúde do motociclista eram — como costuma acontecer nesses casos — ainda preliminares. Sabe como é, hospitais priorizam o atendimento, e a divulgação de detalhes vem depois.
E o condutor do carro?
Aqui vem uma informação curiosa: o motorista do Civic, pasmem, saiu ileso. Totalmente. Não vou fazer juízo de valor, mas sempre me pergunto como essas situações são possíveis — uma pessoa sai sem um arranhão, enquanto a outra vai parar no hospital.
A Polícia Militar, é claro, compareceu ao local para fazer o que chamamos de "os procedimentos cabíveis". Isso incluiu a interdição parcial da via, porque, convenhamos, investigar um acidente com o trânsito fluindo normalmente é praticamente impossível.
O que ainda não sabemos
As causas do acidente? Bem, essa é a pergunta que todos fazem, mas a resposta ainda está em aberto. Especulações é o que não faltam — excesso de velocidade, desatenção, quem sabe uma conversão mal calculada — mas a verdade é que apenas uma investigação minuciosa poderá determinar com certeza o que levou a essa colisão.
O que me deixa pensando é que, independentemente da causa específica, todo acidente serve como um lembrete cruel sobre a fragilidade da vida e a importância de dirigir com a máxima atenção. Principalmente numa cidade como Boa Vista, onde o trânsito tem suas peculiaridades.
Enquanto isso, um jovem está num leito hospitalar, uma família provavelmente apreensiva, e nossa cidade mais uma vez se vê diante das consequências de segundos que mudam tudo. Que sirva de reflexão para todos nós.