Túnel Subaquático em SC: O Sonho que Pode Virar Realidade — O que Falta?
Túnel subaquático em SC: o que falta para virar realidade?

Imagine cruzar a Baía da Babitonga sem enfrentar trânsito ou balsas — apenas mergulhando num túnel moderno, rápido e seguro. Parece ficção científica? Em Santa Catarina, esse projeto está mais perto do que você imagina, mas... ainda não é realidade.

O que é esse tal túnel subaquático?

Nada de invenção mirabolante — a ideia existe desde os anos 90, mas só agora ganhou corpo. Basicamente, seria uma ligação entre Joinville e São Francisco do Sul, cortando 4,2 km sob as águas salgadas. Um verdadeiro atalho para quem vive no norte catarinense.

Os números impressionam:

  • R$ 2,5 bilhões de investimento estimado
  • Capacidade para 40 mil veículos por dia
  • Tempo de travessia: meros 5 minutos (contra 1h de balsa)

Mas calma lá! Antes de sonhar com o túnel pronto, tem um caminhão de obstáculos pela frente — e não, não é metáfora.

Os entraves que emperram a obra

Dinheiro? Claro que é um problema. Mas não é o único. O projeto esbarra em:

  1. Licenças ambientais: A Baía da Babitonga é área de preservação — qualquer obra precisa passar por pente-fino.
  2. Modelo de financiamento: PPP (Parceria Público-Privada) parece a saída, mas ainda não está fechada.
  3. Custo-benefício: Será que o retorno justifica o investimento bilionário?

"É como tentar montar um quebra-cabeça sem todas as peças", brincou um engenheiro envolvido nos estudos, que preferiu não se identificar. Ele tem razão — faltam detalhes cruciais.

E os prazos? Quando sai do papel?

Ah, os prazos... Se dependesse só da vontade política, já estaria pronto ontem. Na prática, o cronograma mais otimista fala em:

  • 2024: Conclusão dos estudos de viabilidade
  • 2025: Licitações e início das obras (se tudo der certo)
  • 2028: Inauguração (num mundo ideal)

Mas sabemos como são obras públicas no Brasil, né? Até o BRT do Rio levou uma eternidade — e olha que nem era subaquático.

O que dizem os moradores?

Nas ruas de Joinville, a opinião é dividida. "Já cansei de ouvir promessas", diz Maria, dona de um restaurante na região. Já o caminhoneiro Roberto é entusiasta: "Se resolver metade dos meus problemas de logística, já vale o investimento".

Enquanto isso, as balsas seguem lotadas, o trânsito aumenta e o túnel... Bem, o túnel ainda é um sonho molhado. Literalmente.