O Rio de Janeiro parece ter virado palco de um filme de ação — só que, infelizmente, a trama é real e os efeitos especiais são de partir o coração. Em 2025, a cidade já registra 99 ônibus tomados para barricadas, segundo dados oficiais. E olha que o ano nem acabou ainda.
Os motoristas, esses heróis anônimos que enfrentam o trânsito caótico diariamente, estão no limite. "A categoria não aguenta mais", desabafa o sindicato, num tom que mistura cansaço e desespero. E não é pra menos: além do risco constante, agora falta gente pra dirigir — o que, convenhamos, é como faltar água numa seca.
O que está acontecendo?
Imagine acordar cedo, pegar seu café e... descobrir que seu ônibus virou material de protesto. Pois é, essa tem sido a rotina de muitos cariocas. Os veículos, que deveriam circular, acabam transformados em barreiras por grupos que, digamos, não estão muito satisfeitos com a vida.
E os números assustam:
- Média de quase 1 ônibus apreendido por dia
- Frota reduzida pressionando ainda mais o sistema
- Motoristas abandonando a profissão como quem foge de incêndio
Não é exagero dizer que a situação está "fora dos trilhos" — e olha que estamos falando de ônibus, não de trem!
E os motoristas?
Aqui a coisa fica feia. O sindicato garante que muitos profissionais estão desistindo da carreira, seja pelo estresse, seja pelo medo de virar alvo. Quem fica, enfrenta jornadas dignas de maratonista olímpico — só que sem medalha no final.
"É como dirigir numa corda bamba", compara um veterano de 15 anos na profissão, que prefere não se identificar. "Você sai de casa sem saber se volta." Dramático? Talvez. Mas quando o relato vem de quem vive na pele, difícil não levar a sério.
Enquanto isso, a população fica no meio do fogo cruzado — literalmente, em alguns casos. Quem depende do transporte público sabe: quando o ônibus falta, sobra tempo perdido e frustração. E no Rio, onde a geografia já é desafiadora, ficar sem ônibus é como tentar escalar o Pão de Açúcar de salto alto.
Resta saber se as autoridades vão agir antes que a situação descambe para o irreversível. Porque, convenhamos, 99 ônibus são muitos ônibus — e o próximo poderia ser justamente aquele que você está esperando.
