Quem anda a pé pelas ruas mais movimentadas de Mato Grosso já pode notar a diferença — e não é só impressão. A prefeitura resolveu botar a mão na massa (e no asfalto) pra deixar o caminho mais seguro pra todo mundo que prefere ir a pé ou depende disso no dia a dia.
Nessa semana, começou a instalação de um pacote de medidas que promete dar um basta naquela sensação de "cruzamento russo" em certos pontos da cidade. Entre os dispositivos novos, tem desde aquelas faixas elevadas — que obrigam os carros a reduzir, quer o motorista queira ou não — até sinalizações táteis pra quem tem dificuldade de visão.
O que mudou na prática?
Olha só: nas áreas escolares e perto de hospitais, a coisa ficou séria. Os redutores de velocidade agora são mais visíveis (e mais eficientes, diga-se de passagem). E não é só questão de pintura nova — a engenharia de tráfego mexeu até no timing dos semáforos pra dar mais tempo pro pessoal atravessar sem correria.
- Sinalização tátil em 15 cruzamentos críticos
- 30 novos redutores de velocidade em zonas de risco
- Repaginação completa da sinalização horizontal em 8 km de vias
"A gente sabe que não vai resolver tudo de uma vez", admite o secretário de Mobilidade, "mas é o primeiro passo pra transformar a cidade num lugar onde pedestre não se sinta um intruso no próprio espaço".
E os números?
Nos últimos dois anos, os atropelamentos responderam por quase 40% dos acidentes graves nessas áreas. Um absurdo que, espera-se, vai cair drasticamente com as mudanças. Só pra ter ideia: onde já foram instalados os dispositivos, os relatos de "quase acidentes" caíram pela metade em apenas três meses.
Ah, e tem um detalhe que muita gente nem percebeu ainda: os novos postes de iluminação com LED não só gastam menos energia como melhoram a visibilidade noturna — algo que faz toda diferença pra quem anda a pé depois do expediente.
Será que vai funcionar? Bom, os pedestres já estão aprovando. "Antes era uma aventura cruzar aqui", conta Dona Maria, de 72 anos, enquanto atravessa com tranquilidade numa faixa recém-reformada. "Agora até os motoristas parecem ter relembrado que a rua não é só deles."
