Era pra ser mais um dia comum, sabe? Aquela rotina que a gente acha que vai durar para sempre. Mas a vida, do nada, prega essas peças cruéis que a gente nunca está preparado para encarar.
Lucas — porque ele merece que a gente fale o nome dele — era daquelas pessoas que iluminavam o cômodo. Segundo a tia, Maria, ele era alegre, brincalhão, do tipo que sabia animar até o dia mais cinza. Tinha apenas 17 anos, uma vida inteira pela frente. Uma promessa.
O que aconteceu naquela estrada em Tocantins, na última sexta-feira, ainda parece um pesadelo do qual ninguém consegue acordar. Tudo indica que Lucas viajava numa moto quando, de repente, um carro surgiu na contramão. O instinto dele, claro, foi o de qualquer um: desviar. Evitar o pior.
Mas o pior veio de um jeito que ninguém esperava. Na manobra brusca, ele perdeu o controle do veículo e bateu violentamente contra uma árvore. A sorte — se é que podemos chamar assim — simplesmente não estava do lado dele naquele momento.
O socorro que não chegou a tempo
Até o resgate chegar, já era tarde. Lucas não resistiu aos ferimentos. Imagina só a cena: a família, os amigos, recebendo aquela notícia de partir o alma. De repente, o silêncio onde antes havia risada. A dúvida no lugar da certeza.
— Ele era um menino tão bom, tão cheio de vida — desabafa a tia, entre lágrimas. — A gente não imagina que uma coisa dessa pode acontecer com a gente. É um baque.
E agora?
Além da dor, que já é imensa, começam agora as investigações. A Polícia Civil abriu inquérito pra tentar entender exatamente como tudo aconteceu. Será que o motorista do tal carro sequer parou? Alguém viu algo? Perguntas que, no fim das contas, não vão trazer ninguém de volta.
E aí a gente se pega pensando: quantos Lucases a gente perde por ano nas estradas? Quantas histórias interrompidas no meio do caminho? É de cair o queixo — e ainda assim, a gente segue como se fosse imune.
Enquanto a família se despede do jovem, fica o alerta. Dirigir não é brincadeira, né? Um segundo de distração, um desvio inesperado, e tudo muda. Para sempre.
