
As câmeras de segurança não mentem. E o que registraram na última terça-feira em Ariquemes é daqueles momentos que ficam gravados na memória de quem vê. Um trabalhador, em pleno exercício do seu ofício, virou protagonista involuntário de um acidente que poderia ter terminado em tragédia.
Aconteceu por volta das 10h da manhã, na Rua das Palmeiras, centro da cidade. Testemunhas ainda parecem estar em estado de choque. "Foi tudo muito rápido", conta um morador que preferiu não se identificar. "O homem estava trabalhando normalmente, e de repente... aquele barulho seco."
O momento exato do impacto
As imagens são realmente fortes. Dá até um aperto no coração de ver. Mostram claramente uma caminhonete prata da Prefeitura — aquelas que a gente vê todo dia pelas ruas — simplesmente não percebendo a presença do trabalhador. O impacto foi violento, sem dó nem piedade.
E aqui vem o detalhe mais assustador: o homem não apenas foi atingido. Ele ficou preso no para-choque dianteiro e foi arrastado por nada menos que 20 metros. Vinte metros! Pare e pense nisso por um segundo. O tempo suficiente para qualquer um perceber que algo estava terrivelmente errado.
Reação que deixa perguntas no ar
O que me deixa pensando é: como o motorista não sentiu o impacto? Não percebeu que havia atingido alguém? São questões que só a perícia técnica poderá responder com certeza.
Felizmente — se é que podemos usar essa palavra num contexto desses — o condutor parou o veículo após ser alertado por testemunhas que corriam atrás gritando. O socorro foi acionado imediatamente, mas a cena já estava feita.
O Samu chegou rápido, devo reconhecer. Os paramédicos encontraram o homem consciente, mas em estado considerado grave. Muito grave. Ele foi levado às pressas para o Hospital Municipal de Ariquemes, onde recebeu os primeiros cuidados antes de ser transferido para uma unidade de maior complexidade.
E agora, o que diz a Prefeitura?
A administração municipal emitiu uma nota — daquelas padrões, você sabe — informando que o motorista é um servidor concursado e que está colaborando com as investigações. Dizem também que o veículo foi apreendido para perícia.
Mas cá entre nós: isso resolve? A família do trabalhador deve estar desesperada. E o trauma, esse vai ficar para sempre.
A Polícia Militar registrou o ocorrido como acidente de trânsito. Mas algo me diz que este caso vai render mais capítulos. As imagens estão circulando nas redes sociais, e a comoção pública tende a crescer.
Enquanto isso, nas ruas de Ariquemes, a pergunta que não quer calar: até quando os trabalhadores urbanos estarão expostos a riscos assim? É um questionamento que, francamente, merece mais do que simples notas oficiais.