O coração aperta só de imaginar a cena. Uma noite comum em Manaus se transformou num pesadelo para um motorista de aplicativo, que viveu minutos de puro desespero quando percebeu que sua passageira não respondia mais.
Era por volta das 22h30 dessa segunda-feira quando o profissional, cujo nome não foi divulgado, aceitou uma corrida no bairro Cidade Nova, Zona Norte da capital amazonense. Tudo parecia normal no início — quem nunca pegou um Uber ou 99 depois do expediente, cansado, só querendo chegar em casa?
O momento do desespero
Mas algo terrível aconteceu durante o trajeto. A passageira, identificada como Maria do Socorro Barroso, de 66 anos, começou a passar mal. Muito mal. O motorista, percebendo a gravidade da situação, não perdeu tempo: desviou a rota e acelerou direto para a UPA do bairro, que fica ali na Avenida Autaz Mirim.
Chegando lá, o susto. Os médicos constataram que dona Maria já não tinha mais sinais vitais. Tinha partido ainda dentro do carro. Meu Deus, que situação!
O desabafo nas redes sociais
Com a cabeça fervilhando e o coração na mão, o motorista pegou o celular e gravou um vídeo que está circulando pelas redes. A voz embargada, ele conta entre lágrimas: "Eu vim pra UPA porque a passageira passou mal. Chegando aqui, os médicos já constataram que ela já tinha falecido dentro do carro. É muito triste, gente."
Dá pra sentir a angústia transbordando em cada palavra. Ele continua, quase sem fôlego: "Eu tô muito mal, porque é uma coisa que a gente não espera. Eu tô muito abalado, muito nervoso."
Quem nunca se viu numa situação dessas — completamente perdido, sem saber o que fazer? O desespero toma conta, a mente embaralha.
As investigações em andamento
A Polícia Civil já abriu inquérito pra tentar entender o que realmente aconteceu. Testemunhas relataram à polícia que dona Maria reclamou de mal-estar ainda durante a viagem. Será que era algum problema de saúde preexistente? Algo que poderia ter sido evitado?
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Manaus, onde será realizado o exame de necropsia. Só então saberemos as causas exatas da morte.
Enquanto isso, a família de dona Maria — coitados — deve estar vivendo seu próprio inferno particular. Perder alguém assim, de repente, sem nenhum aviso...
O lado humano da história
O que mais mexe com a gente nesse caso todo é a reação do motorista. Ele poderia ter simplesmente sumido, se escondido. Mas não — teve a coragem de compartilhar sua dor com o mundo, mostrando que por trás de cada aplicativo, de cada corrida, existe uma pessoa real, com sentimentos, com medos.
E agora fica aquele questionamento que não quer calar: será que o sistema de transporte por aplicativo está preparado para situações extremas como essa? Existe algum protocolo pra quando algo assim acontece?
Enquanto as investigações correm, uma coisa é certa: duas famílias estão completamente arrasadas. A de dona Maria, pela perda irreparável. E a do motorista, que vai carregar esse trauma pra sempre.
