
Era pra ser uma tarde comum, sabe? Aquela rotina pacata que a gente conhece nas cidades do interior baiano. Mas o centro de Conceição do Coité virou palco de um pesadelo na tarde desta segunda-feira. De repente, sem aviso, a normalidade foi interrompida por gritos, vidros quebrando e o som assustador de um carro avançando onde não devia.
As testemunhas ainda parecem estar em estado de choque — e quem não estaria? Um motorista, num desses atos que desafiam a compreensão, simplesmente invadiu a calçada e começou a atropelas pessoas que estavam ali, tranquilas, seguindo seus caminhos. Não foi acidente, não. Pelo que contam, parece que ele fez questão de mirar nos pedestres.
O momento do caos
Imagina a cena: você está andando na rua, pensando na lista do mercado ou naquela conta pra pagar, quando de repente um veículo vem direto na sua direção. Foi assim. O carro — um Toyota Corolla prata — subiu no meio-fio e começou a arrastar tudo pelo caminho.
Uma mulher, que pediu pra não ter o nome divulgado, ainda tremia meia hora depois. "Pensei que ia morrer", contou, com a voz embargada. "Ele vinha em alta velocidade, descontrolado, e simplesmente não freou. Pelo contrário, acelerou."
As consequências
Quando a poeira baixou — literalmente — o saldo era trágico:
- Uma pessoa morreu no local, sem chance de socorro
- Três ficaram gravemente feridas
- Outras duas com lesões consideradas leves, se é que existe "leve" numa situação dessas
Os bombeiros chegaram rápido, mas o que encontraram já era cenário de filme de terror. Corpos no chão, gente chorando, outros tentando ajudar como podiam. O Samu fez o possível, mas pra uma vítima já era tarde demais.
O que levou a isso?
Aqui é que a história fica ainda mais estranha. O motorista — um homem de 35 anos — não tentou fugir. Parou o carro alguns metros depois, como se tivesse acabado de estacionar no shopping. A Polícia Militar chegou e prendeu ele na hora.
Os policiais não encontraram sinais de que ele estivesse bêbado. Também não havia indícios de problemas mecânicos no veículo. Então o que explica uma coisa dessas? Briga? Problema mental? Raiva momentânea? A polícia ainda está tentando descobrir.
Um detalhe: ele nem era da cidade. Veio de Feira de Santana, segundo os documentos. O que veio fazer aqui? Porque escolheu nossa cidade pra esse ato de loucura?
A reação da comunidade
Os moradores — esses sim, os verdadeiros heróis da história — foram os primeiros a socorrer as vítimas. Enquanto esperavam a ambulância, faziam o básico: comprimiam ferimentos, acalmavam os mais assustados, ligavam pra familiares.
"A gente se ajuda aqui", disse um senhor que trabalha numa loja perto do local. "Mas nunca imaginei ver uma cena dessas na minha vida."
E é isso que fica: a perplexidade. Como algo assim pode acontecer num lugar onde todo mundo se cumprimenta na rua, onde as crianças brincam na calçada, onde a vida segue no ritmo lento do interior?
Agora a cidade tenta entender o inexplicável. As famílias choram suas perdas. E fica aquela pergunta no ar: será que algum lugar ainda é seguro?