
Não era nem meio-dia quando o silêncio de Curuçá foi rasgado por gritos. Um daqueles dias que começam normal — até que de repente, não começa mais. Um policial militar, ainda não identificado, transformou uma calçada pacata em cenário de terror.
A viatura, que deveria proteger, virou arma. Seis pessoas — trabalhadores, mães, gente comum — foram arrastadas pelo asfalto quente. Testemunhas contam que o PM parecia "perder o controle do veículo", mas ninguém sabe ao certo o que aconteceu antes do pânico.
Cena de caos no centro da cidade
O que se sabe: por volta das 11h30, o carro da polícia militar simplesmente... desgovernou. Invadiu a calçada como se a calçada não existisse. E deixou, no lugar de tranquilidade, um rastro de sangue e bolsas espalhadas.
- Duas vítimas em estado grave
- Três com ferimentos moderados
- Uma criança de 8 anos, milagrosamente, só escoriações
"Foi coisa de segundos", disse Maria, dona de uma barraca de frutas que viu tudo. "Um minuto tava tudo normal, no outro... Deus me livre."
Perguntas sem resposta
Agora, a cidade quer saber: o PM estava alcoolizado? Dormiu ao volante? Ou foi falha mecânica? A Secretaria de Segurança Pública prometeu apurar — mas ninguém segura o burburinho nas ruas.
Enquanto isso, os feridos lutam nos hospitais da região. E Curuçá, essa pacata cidade a 80 km de Belém, aprende da pior forma que até num lugar tranquilo, o perigo pode vir justamente de quem deveria evitá-lo.