
O que era para ser mais um dia normal transformou-se numa sequência de horror que poucas famílias conseguem sequer imaginar. Na GO-080, aquela estrada que todo goiano conhece bem, um simples trajeto terminou em tragédia - e não uma, mas duas perdas irreparáveis.
O empresário Valdemir Gomes da Silva, de 63 anos, e seu filho Welington Henrique, de apenas 34, seguiam pela rodovia quando o impensável aconteceu. Testemunhas ainda parecem estar sob choque - falam de uma colisão frontal, daqueles tipos de acidente que fazem a gente tremer só de ouvir.
O primeiro baque
Valdemir, que todo mundo conhecia como homem forte, daqueles que parecem invencíveis, não resistiu. Os ferimentos? Múltiplos, graves demais. A equipe médica do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) fez o possível - e o impossível também. Mas algumas batalhas a medicina ainda não venceu.
Ele morreu no mesmo dia do acidente. Justamente quando a família começava a digerir a notícia devastadora, outro golpe.
O segundo trauma
Welington, o filho, havia sido transferido para o Hospital Estadual de Urgências (Hugo), em Goiânia. Lugar que deveria ser sinônimo de esperança, mas que se tornou palco de mais dor.
O jovem passou por cirurgias. Múltiplas intervenções, na verdade. Os médicos tentaram de tudo - lutaram com aquela dedicação que só quem trabalha na emergência conhece. Mas o corpo não aguentou. Um dia depois do pai, Welington também partiu.
Imagina a cena: a família ainda organizando o velório do patriarca quando recebe a notícia de que precisaria preparar outro enterro. O coração não deve saber onde bater diante de tanta dor concentrada.
O que sobrou
Agora restam as lembranças. Valdemir, o empresário conhecido na região, homem que construiu uma vida com trabalho duro. Welington, no auge dos 34 anos, com toda uma vida pela frente.
O caso foi registrado na Delegacia Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictrim) - mais um na estatística cruel que assola nossas estradas. Mas para a família Gomes da Silva, não é número: é o vazio na mesa de jantar, a cadeira vazia no domingo, a foto que nunca mais será atualizada.
E a gente fica pensando: quantas dessas histórias precisam acontecer até que algo mude de verdade no trânsito goiano? Pergunta que, hoje, deve estar ecoando na cabeça de muitos.