Fim da Obrigatoriedade: Lula Libera Carteira de Motorista Sem Autoescola
Lula acaba com obrigatoriedade de autoescola para CNH

Pois é, parece que os tempos vão mudar mesmo para quem quer tirar a primeira habilitação. O presidente Lula deu sinal verde para uma revolução no modo como os brasileiros conseguem sua CNH — e digo revolução porque a coisa promete abalar as estruturas do sistema tradicional.

Agora imagine só: você poderá se preparar para o exame do Detran sem precisar frequentar aquelas aulas teóricas em autoescola. É isso mesmo que você leu.

Como vai funcionar na prática?

O Contran — esse tal Conselho Nacional de Trânsito — já está com a faca e o queijo na mão para regulamentar a novidade. A ideia é simples, mas polêmica: o candidato estuda por conta própria, seja através de plataformas online ou material didático convencional, e depois faz a prova teórica diretamente no órgão de trânsito.

Mas calma lá que não é bagunça! As aulas práticas — aquelas dentro do carrinho com o instrutor do lado — continuam obrigatórias. Nada de sair por aí aprendendo a dirigir com o tio ou o primo, não é mesmo?

O que dizem os números?

O governo calcula que a economia para o bolso do cidadão pode chegar a impressionantes R$ 500. Uma grana que faz diferença, especialmente para quem está começando a vida agora. E olha que estamos falando de quase 2 milhões de pessoas que tiram a primeira CNH todo ano no Brasil.

Parece milagre? Talvez. Mas a verdade é que a medida busca desburocratizar um processo que, convenhamos, estava engessado há décadas.

E a segurança no trânsito?

Aqui é que a porca torce o rabo. Especialistas em trânsito já levantam a voz preocupados — será que formar motoristas sem a base sólida da autoescola tradicional não vai piorar nossos já caóticos índices de acidentes?

Mas o governo contra-argumenta: o foco estará na qualidade do aprendizado, não necessariamente no local onde ele acontece. A fiscalização, claro, terá que ser redobrada.

Aliás, quem já dirige há anos sabe — tem gente que fez autoescola direitinho e dirige que é uma calamidade, enquanto outros aprenderam com parentes e se tornaram motoristas exemplares. A questão, no fundo, vai além do método.

E agora, José?

Enquanto o Contran não publica as tais normas complementares — e acredite, isso pode levar alguns meses — a vida segue como está. Autoescolas continuam funcionando, candidatos continuam se matriculando.

Mas uma coisa é certa: o debate está aberto e promete esquentar os ânimos de ambos os lados. De um lado, a defesa da tradição e da segurança. Do outro, a modernização e a economia.

E você, o que acha? É evoluição ou retrocesso? Só o tempo — e as estatísticas de trânsito — poderão dizer.