
Era pra ser um dia como qualquer outro na pacata Santana do Ipanema. Mas o que começou como uma tarde normal terminou em cena de pesadelo. Por volta das 15h desta quinta (15), uma mulher — cujo nome ainda não foi divulgado — foi atingida por um carro com força suficiente para ser arremessada da ponte onde estava. Caiu. E não resistiu.
Testemunhas contam que o motorista nem diminuiu a velocidade. "Foi tudo muito rápido, como um raio em dia seco", disse um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. O choque foi tão violento que a vítima capotou no ar antes de desaparecer na ravina abaixo.
O depois do impacto
Quando os bombeiros chegaram, já era tarde. A queda de mais de 10 metros — equivalente a um prédio de três andares — deixou ferimentos incompatíveis com a vida. "Até hoje não entendi como alguém pode simplesmente seguir em frente depois de fazer uma coisa dessas", desabafa uma moradora enquanto acende velas no local.
O corpo foi encaminhado ao IML de Água Branca. Enquanto isso, a Polícia Civil corre contra o tempo para:
- Identificar o condutor (que fugiu sem prestar socorro)
- Analisar imagens de câmeras próximas
- Determinar se houve embriaguez ou excesso de velocidade
Curiosamente, essa não é a primeira vez que a tal ponte vira palco de tragédia. Ano passado, um caminhão perdeu o controle no mesmo trecho — felizmente sem vítimas fatais. "É um ponto cego maldito", crava o mecânico Raimundo Nonato, que já viu de tudo por ali.
E agora?
Enquanto a justiça não age, a população improvisa. Alguns colocaram faixas amarelas — cor de alerta máximo — nas extremidades da passagem. Outros prometem fazer protesto na prefeitura. "Cansei de ver gente morrer por descaso", espuma a líder comunitária Maria do Carmo, cujo irmão também foi vítima do trânsito local em 2019.
O caso lembra aquelas histórias que a gente lê e torce pra não ser verdade. Mas é. E dói mais porque acontece todo santo dia, em cada canto desse Brasil. Quando será que vamos aprender?