
Uma daquelas notícias que a gente nunca quer ter que contar, mas que infelizmente se repete com uma frequência absurda pelas estradas do país. Na última terça-feira, a vida de uma família em Várzea Grande foi virada de cabeça para baixo por uma tragédia que poderia - e deveria - ter sido evitada.
Por volta das 19h30, num trecho da Rua das Gameleiras, no bairro Mapim, um menino de apenas 12 anos tentava fazer algo tão simples quanto atravessar a rua. Coisa de criança, sabe? O tipo de ação cotidiana que milhões de brasileiros fazem todos os dias sem pensar duas vezes. Só que dessa vez, o resultado foi fatal.
O que a polícia descobriu sobre o acidente
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Várzea Grande, o motorista - um homem de 37 anos que agora responde a processo por homicídio culposo no trânsito - simplesmente não viu o garoto. Não consigo deixar de pensar: será que um pouquinho mais de atenção não teria mudado tudo?
O laudo do Instituto Médico Legal, que saiu na quarta-feira, confirmou o óbito por traumatismo craniano. Palavras técnicas que escondem uma dor imensurável para os familiares da vítima, que preferiram não se identificar - e quem pode culpá-los?
E agora, o que acontece?
O indiciamento já foi feito, mas isso é só o começo de um processo judicial que pode se arrastar por meses ou até anos. Homicídio culposo no trânsito, vale lembrar, é quando não há intenção de matar, mas a morte acontece por imprudência, negligência ou imperícia.
O que me deixa pensando: quantas vezes por dia nós, motoristas, deixamos de prestar a devida atenção ao volante? Quantos segundos de distração podem custar uma vida inteira?
Enquanto a família chora a perda irreparável, o caso segue nas mãos da Justiça. Uma história triste, dessas que deveriam servir de alerta para todos nós sobre a responsabilidade que temos quando assumimos o controle de um veículo.