
A rotina tranquila de uma tarde de sábado em Porto Feliz foi interrompida por uma cena que infelizmente se repete com frequência alarmante nas estradas brasileiras. Por volta das 16h30, o som de pneus cantando e metal se contorcendo ecoou pela SP-127, mais conhecida como Castelo Branco, no trecho que corta o município.
Testemunhas relataram à Polícia Militar Rodoviária que viram tudo acontecer num piscar de olhos. O motociclista — cuja identidade ainda não foi divulgada, aguardando notificação da família — seguia pela rodovia quando, por razões que a perícia ainda tenta desvendar, não conseguiu evitar a colisão contra a traseira de um caminhão que transitava no mesmo sentido.
O impacto foi violento, daqueles que deixam marcas permanentes. Não apenas no asfalto, mas na memória de quem presenciou a cena.
Os minutos seguintes ao acidente
O socorro chegou rápido, é verdade. O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e encontrou uma situação crítica. O motociclista estava caído na pista, com ferimentos gravíssimos — aquele tipo de lesão que não dá muita margem para esperanças.
Enquanto os bombeiros trabalhavam contra o tempo, tentando estabilizar o estado da vítima, a Polícia Militar precisou interromper parcialmente o tráfego no local. Formou-se aquela fila característica de curiosos e preocupados, cada um imaginando se conhecia a pessoa envolvida.
Parece que toda vez que acontece um acidente assim, a gente para e pensa: "poderia ser eu, poderia ser alguém que eu amo". É um momento de reflexão forçada sobre a fragilidade da vida.
O desfecho trágico
Os esforços dos socorristas, infelizmente, não foram suficientes. O motociclista foi levado às pressas para o Hospital Regional de Porto Feliz, mas não resistiu aos ferimentos. Faleceu ainda na unidade de saúde, deixando para trás perguntas sem resposta e uma família em luto.
O caminhoneiro — que, segundo informações preliminares, não se feriu — permaneceu no local para prestar esclarecimentos. Ele deve ser ouvido pela polícia nos próximos dias, assim como outras testemunhas que possam ajudar a reconstruir os momentos que antecederam o acidente.
Agora, a cena é de investigação minuciosa. Peritos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Polícia Civil trabalham no local tentando entender o que realmente aconteceu. As questões são muitas: excesso de velocidade? Falta de atenção? Problemas mecânicos? Condições da pista?
A verdade é que, independentemente do que a investigação apontar, uma vida foi interrompida abruptamente. Mais uma família recebeu aquela visita que ninguém deseja, mais uma comunidade se pergunta quando é que as estradas brasileiras vão se tornar menos perigosas.
Enquanto isso, em algum lugar de Porto Feliz, parentes e amigos se reúnem para tentar entender o inexplicável. E na SP-127, o trânsito já flui normalmente, como se nada tivesse acontecido — mas as marcas no asfalto e na memória coletiva permanecem.