Motociclistas em risco: mortes aumentam 50% na região de Campinas em uma década
Mortes de motociclistas sobem 50% em Campinas

Os números são duros de engolir. Enquanto a região de Campinas cresce, um rastro de tragédias sobre duas rodas se multiplica - e ninguém parece estar prestando atenção suficiente. O Detran acabou de soltar um estudo que deveria fazer barulho: em dez anos, as mortes de motociclistas deram um salto assustador de 50%.

Parece que toda semana tem um caso novo - aquele vizinho que não voltou pra casa, o entregador que sumiu no mapa. E o pior? A maioria desses acidentes poderia ter sido evitada. Segundo os especialistas, três fatores se destacam nessa equação macabra:

  • Excesso de velocidade (como se o asfalto fosse pista de corrida)
  • Ultrapassagens arriscadas (aquela mania de enfiar a moto onde não cabe)
  • E o clássico: falta de equipamento de segurança

Cidades que mais preocupam

Alguns municípios estão virando verdadeiros pontos críticos. Sumaré, por exemplo, virou um pesadelo para quem anda de moto - os números lá são quase o dobro da média regional. Hortolândia e Americana também aparecem no topo desse ranking trágico.

"É como se tivéssemos normalizado essa carnificina", dispara um agente de trânsito que prefere não se identificar. Ele conta que já perdeu as contas de quantas cenas chocantes presenciou. "A gente chega no local e já sabe: jovem, moto nova, sem capacete adequado. É sempre a mesma história."

O que está sendo feito?

Teoricamente, tem campanha de conscientização rolando. Mas vamos combinar - quantas você viu por aí ultimamente? O Detran promete reforçar a fiscalização, especialmente nas rodovias que cortam a região. Só que, entre promessa e prática... bem, você sabe como é.

Enquanto isso, os hospitais continuam lotados de vítimas. Os prontos-socorros já até criaram um apelido macabro para o período noturno: "hora das motos". Entre 18h e 22h, os acidentes se concentram - muitos deles, claro, envolvendo quem trabalha sobre duas rodas.

Se tem uma coisa que esse estudo deixa claro é que estamos diante de uma epidemia silenciosa. E pior: totalmente previsível. Será que vamos esperar mais dez anos de números crescentes antes de tomar uma atitude?