Mortes de motociclistas em SP disparam: aumento de 70% em uma década assusta especialistas
Mortes de motociclistas em SP disparam 70% em 10 anos

Os números são de cortar o coração. Enquanto a cidade de São Paulo gira em seu ritmo frenético, uma tragédia silenciosa se espalha pelas ruas e avenidas: a cada ano, mais motociclistas perdem a vida no asfalto. E o pior? A situação só piora.

Dados do Detran — aqueles que a gente até torce pra estarem errados — mostram que, em 2023, 566 motoqueiros morreram em acidentes. Parece pouco? Compare com os 333 casos de 2013. Faz as contas: é um salto absurdo de quase 70%.

O que diabos está acontecendo?

Especialistas em trânsito — gente que vive estudando esses números — apontam três vilões principais:

  • Mais motos nas ruas: o número de motocicletas registradas na capital paulista explodiu, passando de 700 mil para 1,2 milhão em dez anos
  • Entregas por aplicativo: a loucura dos delivery transformou motoboys em verdadeiros equilibristas do asfalto
  • Infraestrutura que não acompanha: ruas esburacadas, sinalização ruim e motoristas desatentos criam uma combinação mortal

"É como jogar roleta russa", diz o perito em trânsito Carlos Mendonça, que já viu cenas que preferia esquecer. "A moto oferece zero proteção. Qualquer tombinho bobo pode virar tragédia."

Os bairros mais perigosos

Se você pensa que o perigo se concentra no centro, prepare-se para uma surpresa. Os distritos campeões de mortes são:

  1. Sapopemba (Zona Leste)
  2. Jardim Ângela (Zona Sul)
  3. Brasilândia (Zona Norte)

Curiosamente — ou não — são regiões com ruas estreitas, trânsito caótico e alta concentração de entregadores.

"A gente sabe que tá arriscando, mas o aluguel não paga sozinho", desabafa João, motoboy que prefere não revelar o sobrenome. Ele já teve três colegas mortos no último ano.

E as soluções?

Enquanto isso, as autoridades — sempre elas — prometem ações. O Detran fala em:

  • Campanhas educativas (que ninguém vê)
  • Fiscalização mais rígida (quando dá)
  • Melhorias na infraestrutura (para o ano que vem, sempre)

Mas os especialistas são unânimes: sem mudanças profundas, os números continuarão subindo. E famílias continuarão chorando.

No fim das contas, como diz o ditado, no trânsito a gente é sempre o "outro". Até o dia em que vira estatística.