
Era pra ser mais uma tarde comum de brincadeiras, dessas que toda criança merece ter. Mas o que começou como diversão terminou em tragédia num bairro residencial de Praia Grande. Um garoto de apenas 10 anos — imagine só — brincava com uma bola quando a vida decidiu pregar uma daquelas peças que a gente nunca espera.
O caso aconteceu na Rua das Gaivotas, no Bairro Canto do Forte, por volta das 17h30 de domingo. Testemunhas contam que o menino estava se divertindo com amigos quando a bola escapou para a rua. O instinto infantil falou mais alto, e ele correu atrás do brinquedo. Foi quando um carro — um Honda Fit prata — apareceu do nada.
O momento do susto
O barulho do impacto ecoou pela rua calma. Vizinhos saíram correndo de casa, sem acreditar no que viam. A criança, que momentos antes ria e corria, agora estava caída no asfalto. E o motorista? Fez o que ninguém espera de um ser humano: simplesmente abandonou o carro e saiu correndo como se nada tivesse acontecido.
"A gente fica pensando: que tipo de pessoa faz uma coisa dessas?", comenta uma moradora que preferiu não se identificar. "Deixar uma criança jogada no chão e fugir... é desumano."
Corrida contra o tempo
Enquanto o condutor sumia na paisagem, vizinhos se uniram para socorrer o menino. O Samu foi acionado rapidamente, e a criança foi levada com urgência para o Hospital Municipal Irmã Dulce. Chegou consciente, o que pelo menos era um alívio — mas com múltiplas escoriações e, imagina-se, um susto que vai levar tempo para curar.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência encontraram o veículo abandonado no local. Placa, modelo, tudo identificado — mas do motorista, nem sinal. O carro foi removido para o pátio do 1° Batalhão da PM, enquanto a busca pelo responsável continua.
Perguntas que ficam no ar
O que se pergunta agora — além do óbvio "onde está o motorista" — é como situações como essa ainda acontecem. Ruas residenciais, crianças brincando... será que a pressa do dia a dia justifica tamanha negligência? E a fuga, então? Parece coisa de filme de terror, mas é a pura realidade.
A família do menino, é claro, está arrasada. Aguardam notícias do estado de saúde da criança e esperam — como qualquer um esperaria — que justiça seja feita. Enquanto isso, no Bairro Canto do Forte, a bola continua rolando, mas o medo agora é um companheiro indesejado das brincadeiras infantis.