Manaus parece estar travando uma guerra silenciosa nas suas ruas — e as principais vítimas são motoristas, motociclistas e pedestres. Segundo o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), três avenidas concentram um número assustador de mortes no trânsito apenas nos primeiros sete meses de 2025.
A Avenida Brasil, aquela que corta a cidade como uma artéria entupida, lidera o triste ranking. Logo atrás vêm Cosme Ferreira e Torquato Torres — vias que, diga-se de passagem, vivem num eterno caos entre buracos, ultrapassagens arriscadas e sinalização quase invisível.
Números que doem
Os dados são crus: 40% das mortes aconteceram nessas três vias. E olha que a gente tá falando de um total que já passa de 120 óbitos — sim, em apenas sete meses! Parece piada de mau gosto, mas é a realidade que todo manauara conhece.
O que mais assusta? A maioria das vítimas são motociclistas. "É como se estivéssemos em um faroeste, mas no lugar de cavalos, motos", comenta um agente de trânsito que prefere não se identificar.
Os vilões do asfalto
- Excesso de velocidade — parece óbvio, mas tem gente que insiste em tratar a cidade como pista de corrida
- Ultrapassagens proibidas — aquela mania de achar que cinco minutos "economizados" valem uma vida
- Falta de manutenção — porque buraco não é atração turística, mas em Manaus alguns parecem querer virar
E tem mais: o IMMU aponta que 60% dos acidentes fatais acontecem à noite. A escuridão, somada à iluminação precária em trechos críticos, vira uma combinação explosiva.
Enquanto isso, a prefeitura promete (de novo) um pacote de medidas. Mas o povo já tá cansado de promessa — quer ver ação. Afinal, como diz o ditado: "contra fatos não há argumentos". E os fatos, nesse caso, são cruéis.
