Tragédia no Trânsito de Goiânia: Jovem Estudante Morre ao Colidir com Caminhão Parado em Via Escura
Jovem morre em acidente com caminhão parado em Goiânia

A madrugada desta quarta-feira em Goiânia amanheceu mais triste. Mais triste e mais vazia. Por volta das 4h30, quando a cidade ainda dormia — ou tentava dormir — um barulho seco ecoou na Avenida Perimetral Norte. O tipo de barulho que ninguém quer ouvir, mas que todo mundo reconhece na hora.

Um jovem de apenas 21 anos, estudante universitário cheio de planos — porque aos 21 anos todo mundo tem planos — pilotava sua motocicleta pela via. A escuridão ainda dominava a cidade, aquela penumbra peculiar das madrugadas goianas onde a visibilidade fica comprometida e a atenção precisa ser redobrada.

O que as câmeras registraram

As imagens de segurança — aquelas testemunhas silenciosas que nunca mentem — mostram a cena crua, nua e crua. O caminhão, um daqueles gigantes das estradas, estava simplesmente parado ali. Estacionado na pista da direita como se fosse uma peça de mobiliário urbano, não um veículo de várias toneladas.

E o motociclista? Bem, a vida às vezes prega peças terríveis. Ele não conseguiu desviar a tempo. O impacto foi violento, daqueles que deixam marcas permanentes — não só no asfalto, mas na memória de quem vê.

As consequências imediatas

O Corpo de Bombeiros chegou rápido, mas algumas corridas contra o tempo a gente perde antes mesmo de começar. O socorro veio com sirenes e luzes piscantes, aquela coreografia triste que virou rotina nas nossas cidades. Os bombeiros fizeram o que podiam — e o que não podiam também — mas o jovem já tinha partido.

Ah, e o caminhão? O motorista do caminhão sumiu. Sim, você leu certo. Deixou o veículo ali, enorme e imponente na escuridão, e foi embora como se nada tivesse acontecido. Como se fosse apenas mais uma noite qualquer.

O que fica depois da tragédia

A Polícia Militar — aqueles que sempre chegam quando a festa já acabou e só sobrou a bagunça — registrou o ocorrido. Fizeram os boletins, colheram as provas, conversaram com as testemunhas (se é que havia testemunhas). Agora investigam, porque é isso que se faz depois: investiga-se.

Mas sabe o que ninguém investiga? Os sonhos que foram interrompidos. A família que recebeu aquela ligação que ninguém quer receber. Os amigos que agora terão que aprender a viver com a falta.

E a gente fica pensando — será que precisava ser assim? Um caminhão estacionado onde não devia, uma madrugada escura, um jovem com toda a vida pela frente. A matemática da tragédia é sempre simples demais e dolorosa demais.

Enquanto isso, em algum lugar de Goiânia, uma família chora. E o trânsito — ah, o trânsito — continua fluindo como se nada tivesse acontecido. Como sempre.