Tragédia na BR-316: Caminhão com caroço de algodão tomba e mata motorista de 22 anos no Piauí
Jovem morre em acidente com caminhão de algodão no Piauí

Uma cena que começou como mais uma viagem rotineira pelas estradas piauienses terminou em tragédia nesta terça-feira (1°). Por volta das 5h da manhã, o silêncio da BR-316, na altura do município de Demerval Lobão, foi quebrado pelo som estridente de metal se contorcendo contra o asfalto.

Um caminhão carregado até a boca com caroço de algodão — aquela carga pesada que todo caminhoneiro conhece bem — simplesmente perdeu o equilíbrio e tombou. Não foi um acidente qualquer, infelizmente. O veículo era conduzido por um rapaz de apenas 22 anos, cheio de vida e planos, que não resistiu aos ferimentos.

Sua esposa, que estava junto na cabine — dividindo a estrada como tantos casais de caminhoneiros fazem — sobreviveu, mas com ferimentos sérios. Que ironia cruel: o algodão que transportavam, normalmente associado à suavidade, trouxe apenas dor e perda.

O resgate contra o tempo

Quando as primeiras equipes da Polícia Rodoviária Federal chegaram, encontraram um cenário de caos. A carreta de placas OXK-2E51 jazia de lado, espalhando sua carga pelo acostamento. Os bombeiros trabalharam com aquela tensão palpável que só existe em situações limite, tentando salvar o que ainda era possível.

O jovem motorista, cuja identidade ainda não foi divulgada, já estava sem vida. Já sua companheira precisou ser removida com todo o cuidado — aquela operação delicada onde cada movimento pode fazer diferença — e levada às pressas para o Hospital Estadual de Urgência de Teresina.

Perguntas sem resposta

O que teria feito aquele caminhão tombar numa reta aparentemente tranquila da BR-316? Seria cansaço? Um desvio brusco para evitar algo na pista? Defeito mecânico? A PRF ainda investiga as causas, mas a verdade é que nenhuma resposta vai devolver um filho, um marido, um jovem de 22 anos.

Enquanto isso, familiares recebem a notícia que nenhuma família quer receber. E a carga de caroço de algodão — que parecia tão importante horas antes — agora é apenas um detalhe numa história que terminou muito cedo.

Mais uma vida ceifada nas estradas do Piauí. Mais uma família destruída. Quando será que vamos entender que velocidade e prazos nunca valem uma vida?