
Às vezes a vida prega peças terríveis. Você para para ajudar, movido pela melhor das intenções, e acaba se tornando mais uma vítima. Foi exatamente isso que aconteceu na tarde de quarta-feira, dia 2 de outubro, na BR-153, no trecho que corta o município de Gurupi, no sul do Tocantins.
Um senhor de 71 anos — imagine só, já tendo vivido tantas primaveras — testemunhou um acidente envolvendo um carro de passeio e uma carreta. O coração bom falou mais alto. Ele parou seu veículo, desceu, aproximou-se do local para prestar socorro ou talvez apenas entender o que havia acontecido.
E então o impensável.
Enquanto estava ali, na pista, um caminhão-truck simplesmente não conseguiu evitar a colisão. O choque foi violento, brutal. Testemunhas disseram que não deu tempo de nada — aquele momento de solidariedade se transformou num pesadelo em segundos.
O Socorro que Não Chegou a Tempo
O resgate foi acionado rapidamente, mas algumas coisas infelizmente não têm mais conserto. Os bombeiros chegaram, os profissionais do Samu também, mas o idoso já não resistia. Ele foi declarado morto no local, seu corpo tendo que ser removido pelo IML de Gurupi.
O que pensar numa hora dessas? Uma família que perde seu patriarca de forma tão abrupta, tão... evitável. Os outros envolvidos no primeiro acidente, que testemunharam a segunda tragédia se desenrolando diante de seus olhos — o trauma deve ser imenso.
Estrada que Já Conhece o Sabor Amargo da Morte
A BR-153, aquela velha conhecida dos caminhoneiros, não é novata quando o assunto é acidentes graves. Só neste ano, quantas histórias tristes já se desenrolaram no asfalto quente do Tocantins? A Polícia Rodoviária Federal já registrou diversos casos — alguns com feridos, outros, como este, fatais.
E o pior: muitos deles seguem a mesma receita de desastre. Primeiro um acidente menor, depois a parada para ajudar, e então... bem, você já sabe.
Algumas lições que este caso nos deixa:
- Nunca subestime o perigo — mesmo em acidentes menores, o risco nas rodovias é constante
- Sinalize sempre — use triângulo, pisca-alerta, qualquer coisa para alertar outros motoristas
- Mantenha distância — se precisar parar, fique longe da pista, na área de acostamento
- Chame ajuda profissional — sua segurança vem em primeiro lugar
A PRF segue investigando os detalhes do ocorrido. O caminhoneiro que atingiu o idoso prestou depoimento — imagino o estado emocional do homem. Não é fácil carregar o peso de ter tirado uma vida, mesmo que sem intenção.
Enquanto isso, uma família chora a perda de um homem que, em seu último ato, pensou primeiro nos outros. Há uma certa tragédia poética nisso, não? A solidariedade que custou tudo.