
Era uma manhã como qualquer outra em Cambé — até que o silêncio se tornou insuportável. A cuidadora, que prefere não se identificar, notou a ausência do idoso de 78 anos por volta das 9h. "Ele sempre tomava café comigo", disse, com a voz embargada. "Quando não apareceu, meu coração gelou."
O que se seguiu foi uma busca frenética. Vizinhos, parentes, até o carteiro ajudaram. Ninguém imaginava o desfecho.
O achado que parou o coração
Num terreno baldio a 3km da casa, um Fiat Uno prateado chamou atenção. Capotado. Amassado como lata de refrigerante. Dentro, o pior pesadelo da cuidadora se materializou.
"Ainda esperneei, tentei reanimá-lo", contou ela aos policiais, com as mãos tremendo. Inútil. O idoso — que tinha problemas de memória — já estava sem vida.
Detalhes que doem
- O carro pertencia a um familiar
- O idoso não tinha habilitação há 15 anos
- O capô ainda fumegava — acidente recente
O delegado responsável, em entrevista rápida, foi direto: "Parece que ele perdeu o controle na curva. Mas só a perícia dirá com certeza".
Enquanto isso, na casa vazia, fotos do idoso sorrindo enquadradas na sala pareciam zombar da tragédia. A cuidadora, entre soluços, repetia: "Eu devia ter trancado as chaves...".
Nota da redação: Casos assim nos lembram como a vida é frágil. Se você tem idosos com declínio cognitivo em casa, converse com um especialista sobre medidas de segurança.