
A rotina pacata da BA-130, que corta Jacobina, foi violentamente interrompida nesta quarta-feira por uma cena que ninguém gostaria de testemunhar. Lá estava ele, um senhor de 74 anos – desses que a vida já marcou, mas que não abria mão da liberdade sobre duas rodas – pedalando com aquela tranquilidade que só os anos concedem.
E então, num piscar de olhos, tudo mudou.
Uma carreta, dessas enormes que dominam as estradas, apareceu do nada. Ou talvez não do nada – mas certamente de forma inesperada demais para que o idoso pudesse reagir. O impacto foi brutal, daqueles que ecoam na memória de quem presencia. A bicicleta, antes símbolo de liberdade, transformou-se num amontoado de metal retorcido.
Corrida Contra o Tempo
O socorro chegou rápido, até que sim. O SAMU despachou sua equipe num tempo que, em outras circunstâncias, seria considerado exemplar. Os profissionais fizeram de tudo, sabe? Aquele tipo de esforço que só quem lida com a vida e a morte compreende.
Mas algumas batalhas, infelizmente, estão perdidas antes mesmo de começarem. No hospital, os médicos constataram o óbito. A notícia seca, técnica, que não consegue capturar a dimensão humana da tragédia.
O Que Sobrou no Asfalto
A Polícia Militar assumiu o caso, como era de se esperar. Agora, investigam os detalhes que transformaram uma tarde comum num pesadelo. A tal carreta – que tipo de veículo era? O motorista, onde estava seus olhos naquele momento crucial?
Perguntas que, sinceramente, soam vazias para a família do idoso. Porque no fim das contas, o que importa é que um pai, um avô, um amigo, partiu de forma abrupta e violenta.
E a BA-130? Segue seu curso, como se nada tivesse acontecido. O trânsito flui, os motoristas passam apressados, a vida continua. Mas num cantinho da estrada, perto de Jacobina, ficou marcada a memória de um homem que simplesmente queria pedalar.
Mais um nome na estatística triste do trânsito brasileiro. Mais uma família destruída. Mais uma história interrompida no meio do caminho.