Fisioterapeuta presa por fraudar relatórios de vítimas de acidentes de trânsito e facilitar indenizações do DPVAT
Fisioterapeuta presa por fraudar laudos de acidentes de trânsito

Imagine só: uma fisioterapeuta, que deveria zelar pela recuperação de pacientes, acusada de justamente o oposto — prejudicar o sistema para benefício próprio. Pois é, a realidade às vezes supera a ficção.

Na cidade de Santos, litoral de São Paulo, uma profissional da saúde foi detida pela polícia após investigações minuciosas. O esquema? Fraude nos relatórios médicos de vítimas de acidentes de trânsito. A jogada era simples, mas ardilosa: inflar lesões ou até inventar diagnósticos para que os clientes recebessem indenizações do DPVAT sem direito real.

Como o esquema funcionava

Não foi coisa de um dia para o outro. A fisioterapeuta agia de forma sistemática:

  • Recebia indicações de supostos pacientes (muitos nem sequer haviam sofrido acidentes)
  • Preenchia laudos com informações falsas sobre lesões e tratamentos
  • Encaminhava a documentação adulterada para processos de indenização

"Ela tinha certa expertise em burlar o sistema", contou um delegado envolvido no caso, que preferiu não se identificar. "Os relatórios pareciam convincentes à primeira vista, mas não resistiam a uma análise mais detalhada."

A queda

Toda máscara cai, e desta vez foi durante uma investigação de rotina da seguradora. Algumas inconsistências nos documentos chamaram atenção:

  1. Datas de tratamento que coincidiam com períodos em que as "vítimas" estavam viajando
  2. Descrições de lesões incompatíveis com os acidentes relatados
  3. Assinaturas com grafias diferentes em diversos laudos

Quando a polícia foi acionada, o que parecia ser apenas mais uma suspeita se transformou em um caso exemplar de fraude contra o sistema de seguros.

Agora, a fisioterapeuta responde por falsificação de documentos e estelionato. Se condenada, pode pegar até oito anos de prisão. E olha que a justiça anda sem muita paciência para esse tipo de crime — especialmente quando envolve profissionais que deveriam proteger a saúde pública.

Moradores de Santos comentam sobre o caso nas redes sociais: "É de cair o queixo", escreveu uma usuária. "A gente confia nos profissionais da saúde e vem uma dessas...", lamentou outro.