Fim da obrigatoriedade das autoescolas: o que muda para quem quer tirar carteira?
Fim da obrigatoriedade das autoescolas: o que muda?

Imagine só: tirar a carteira de motorista sem precisar frequentar aquelas aulas monótonas na autoescola. Sonho? Agora é realidade — ou pelo menos está virando. O governo federal resolveu dar uma guinada na legislação e acabou com a obrigatoriedade das autoescolas para quem quer obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mas calma lá, não é tão simples quanto parece.

Segundo um advogado especializado em direito do trânsito, a mudança veio para facilitar o processo, mas também pode abrir espaço para uma série de complicações. "A teoria você até pode aprender sozinho", ele comenta, "mas e a prática? Dirigir não é como andar de bicicleta — um erro pode custar caro."

O que realmente mudou?

Antes, o caminho era claro: aulas teóricas, prova, aulas práticas, mais prova e, se tudo desse certo, a tão sonhada CNH. Agora, o candidato pode estudar por conta própria e só precisa da autoescola para as aulas práticas. Parece ótimo, né? Só que...

  • Sem orientação profissional, será que as pessoas vão realmente aprender as regras de trânsito?
  • Como ficam os instrutores, que dependem desse trabalho?
  • E o Detran — será que está preparado para fiscalizar essa bagunça?

O advogado levanta um ponto crucial: "A gente já vive no país do jeitinho. Será que essa flexibilização não vai virar uma brecha para mais irregularidades?" Ele tem um pé atrás, e não é à toa.

E os custos? Vão mesmo cair?

Todo mundo sabe que tirar carteira no Brasil é um parto — e caro. A promessa é que, sem a obrigatoriedade das autoescolas, os preços caiam. Mas será? O especialista duvida: "Pode ser que o valor das aulas práticas até aumente, já que as autoescolas vão perder uma parte da receita."

Ah, e tem outro detalhe: quem vai ensinar a estacionar em paralelo? Porque convenhamos, isso aí nem o Google Maps resolve.

E agora, José?

Se você está pensando em tirar a carteira, fique de olho. A mudança pode ser boa para quem tem disciplina para estudar sozinho, mas péssima para quem já dirige "no instinto" — e a gente sabe que não faltam desses por aí.

No fim das contas, o advogado resume bem: "É como trocar o pneu com o carro andando. Pode dar certo, mas a chance de dar merda é grande." E você, o que acha? Vai encarar o desafio ou prefere o caminho tradicional?