Uma tragédia que poderia ter sido evitada. É o que revela o laudo final da polícia sobre o acidente que chocou o Rio Grande do Sul na última semana. Três soldados perderam a vida de forma abrupta na BR-116, em Montenegro, e a causa apontada é tão comum quanto alarmante: o excesso de velocidade.
O que aconteceu naquela curva, por volta das 6h30 daquele domingo, foi algo que beira o inacreditável. O veículo em que os militares estavam simplesmente saiu da pista, capotou várias vezes — e o resultado foi devastador. Três vidas interrompidas em um instante.
Velocidade como vilã
Os peritos não tiveram dúvidas após analisar os vestígios no local. As marcas no asfalto, a posição final do carro, tudo indicava uma velocidade incompatível com a via. E sabe o que é mais triste? Esse tipo de situação se repete todo dia nas estradas brasileiras.
Os três soldados — dois homens e uma mulher — estavam a serviço quando a fatalidade ocorreu. Eles integravam o 1º Batalhão de Polícia de Área de Fronteira, unidade com sede em São Borja. A missão deles naquele fim de semana? Transportar material entre unidades militares. Uma rotina aparentemente comum que terminou em tragédia.
O momento do impacto
Testemunhas relataram à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que o carro simplesmente perdeu o controle na curva. O veículo saiu da pista, invadiu o acostamento e capotou — não uma, não duas, mas várias vezes. O estrago foi tamanho que dois ocupantes foram ejetados durante as rotações violentas.
O socorro chegou rápido, mas já era tarde demais. Dois militares morreram no local, enquanto o terceiro sucumbiu aos ferimentos a caminho do hospital. Uma cena dantesca que os profissionais de resgate dificilmente esquecerão.
Além dos números
Quando falamos em acidentes de trânsito, às vezes nos esquecemos que por trás das estatísticas há histórias, sonhos, famílias. Esses três soldados tinham planos, compromissos, pessoas que os amavam. E tudo foi interrompido por uma decisão — consciente ou não — de ultrapassar os limites de velocidade.
O Exército Brasileiro já se pronunciou sobre o caso, destacando o profundo pesar pela perda dos militares. E não é para menos — a instituição perdeu profissionais dedicados em circunstâncias totalmente evitáveis.
Reflexão necessária
Esse acidente serve como um alerta brutal para todos nós. Quantas vezes aceleramos um pouco além do permitido, confiantes em nossa habilidade ao volante? A verdade é que as leis da física são implacáveis, e uma curva mal calculada pode ter consequências irreversíveis.
Enquanto as famílias choram suas peridas, resta a esperança de que histórias como essa façam pelo menos alguns motoristas repensarem seu comportamento nas estradas. Porque no fim das contas, chegar alguns minutos mais rápido nunca vale uma vida.
