Tragédia em Maceió: Corretora de imóveis deixa duas filhas após acidente fatal
Corretora morre em acidente e deixa duas filhas em Maceió

O sol ainda não havia nascido completamente quando a vida de uma família alagoana foi virada de cabeça para baixo. Na manhã da última segunda-feira (12), um acidente brutal tirou a vida de Ana Lúcia Mendes, 38 anos, corretora de imóveis respeitada no mercado local. O que deveria ser mais um dia de trabalho terminou em luto.

Segundo testemunhas — e aqui a voz engasga —, o carro em que Ana viajava colidiu frontalmente com um caminhão na Avenida Fernandes Lima, uma das mais movimentadas da capital. Os bombeiros chegaram rápido, mas já era tarde. A cena era daquelas que ficam gravadas na memória.

Duas vidas que agora seguem sem a mãe

Ana deixou duas meninas: Sofia, de 10 anos, e Isabela, de 7. "Ela vivia para aquelas meninas", conta uma vizinha que preferiu não se identificar. "Sempre a via correndo entre reuniões e festas escolares — uma mulher de ferro, mas com um sorriso moleque."

No escritório onde trabalhava há seis anos, o clima é de choque. "Perdemos uma profissional excepcional e, mais que isso, uma amiga", diz o sócio da imobiliária, visivelmente abalado. "Ana tinha um dom para entender o que as pessoas precisavam, seja um apartamento ou uma palavra de conforto."

O que sabemos sobre o acidente

  • Ocorreu por volta das 7h30, horário de pico
  • Testemunhas falam em possível falha mecânica
  • A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas
  • O motorista do caminhão não sofreu ferimentos graves

E enquanto a burocracia da morte segue seu curso — laudos, papeladas, investigações —, duas crianças se veem diante de um buraco que nenhum abraço de parente consegue preencher. A família criou uma vaquinha online para ajudar com as despesas, e a solidariedade dos alagoanos não tardou a aparecer.

No fim das contas, restam perguntas sem resposta e aquele amargo gosto de "e se?". Maceió perdeu uma de suas profissionais mais dedicadas, e duas meninas terão que aprender a viver sem o cheiro da mãe ao chegar da escola. A vida, às vezes, parece mesmo uma rua sem saída.