Corredor atropelado na Pituba: estado de saúde preocupa após acidente grave
Corredor atropelado na Pituba segue em estado grave

Numa daquelas manhãs que começam com o sol raiando e o vento fresco — perfeita para quem gosta de correr —, a rotina de um jovem atleta virou de cabeça para baixo num piscar de olhos. Tudo aconteceu no bairro da Pituba, em Salvador, quando um carro, em velocidade acima do permitido, invadiu a faixa de pedestres e atingiu o esportista em cheio.

Segundo testemunhas, o impacto foi tão forte que o tênis do corredor voou a metros de distância. "Parecia cena de filme", comentou um motoboy que passava no local. O que era para ser mais um treino rotineiro se transformou em pesadelo.

Estado de saúde preocupa

O rapaz — cujo nome a família pediu para não divulgar — foi levado às pressas para o hospital. Os médicos não escondem a gravidade: múltiplas fraturas, traumatismo craniano e risco de complicações. "Ele está lutando", disse uma enfermeira que acompanha o caso, enquanto ajustava o soro na UTI.

Curiosamente, esse não é o primeiro acidente do tipo na região só neste mês. A avenida, conhecida por ser larga e plana — ideal para corridas — vem se tornando um ponto crítico. "É a terceira ocorrência assim em agosto", contou um agente de trânsito que prefere não se identificar.

O que dizem as autoridades?

Enquanto isso, a Secretaria de Mobilidade promete "reforçar a fiscalização" — aquela velha promessa que todo mundo já cansou de ouvir. Mas desta vez, juram que vão instalar novos radares e redutores de velocidade até o fim do semestre. Será?

Enquanto as máquinas burocráticas se movem a passos de tartaruga, os corredores da região estão improvisando suas próprias soluções. Alguns passaram a usar coletes refletores até durante o dia; outros mudaram completamente o trajeto dos treinos. "Melhor prevenir do que acabar numa cama de hospital", filosofou Maria, 58 anos, que corre na Pituba há dez anos.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança de pedestres e esportistas nas ruas da capital baiana. Nas redes sociais, a hashtag #PitubaSegura ganhou força, com moradores exigindo medidas concretas. Enquanto isso, o jovem atleta segue entre a vida e a morte, dependendo de aparelhos para respirar.

Uma situação que, convenhamos, nunca deveria ter acontecido. Afinal, qual o sentido de uma cidade que não protege quem escolhe se exercitar ao ar livre?